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COMÉRCIO

Comerciantes e clientes vivem ansiedade pela reabertura das lojas

As ruas do centro comercial de Belém ficaram lotadas de pessoas durante a reabertura do comércio de rua na capital, na manhã de ontem (1º). Apesar da liberação do comércio não essencial, muitas lojas ainda permaneceram fechadas, mas em outros foram formad

Imagem ilustrativa da notícia Comerciantes e clientes vivem ansiedade pela reabertura das lojas camera Centro comercial de Belém ficou lotado durante todo o dia de ontem, início da reabertura gradual das atividades comerciais | Ricardo Amanajás

As ruas do centro comercial de Belém ficaram lotadas de pessoas durante a reabertura do comércio de rua na capital, na manhã de ontem (1º). Apesar da liberação do comércio não essencial, muitas lojas ainda permaneceram fechadas, mas em outros foram formadas filas desde cedo por consumidores ávidos por fazer compras, depois de quase dois meses sem acesso presencial nesse tipo de estabelecimento.

Na porta de uma loja de eletroeletrônicos que ainda não havia liberada a entrada dos clientes, Valdete Menezes aguardava ansiosa para comprar uma TV nova. “Estou há mais de um mês sem ver televisão. A minha deu problema e como as lojas estavam fechadas não pude comprar logo. É muito ruim ficar sem TV porque já sou aposentada e ficar em casa em isolamento, mas sem essa distração não dá. Por isso, vim logo cedo para pesquisar o preço e já levar uma”, contou.

Estabelecimentos fizeram marcações para evitar aglomerações
📷 Estabelecimentos fizeram marcações para evitar aglomerações |Mauro Ângelo

Em muitas lojas, especialmente as de variedades, o número de pessoas na porta era grande e havia fila para entrar. “Aqui estamos tomando todos os cuidados, apenas três clientes por vez e todo mundo só entra depois de passar álcool em gel nas mãos. Sei que tem gente por aí que só está interessado em vender e não tem qualquer cuidado. Mas aqui não, estamos seguindo todas as regras”, ressaltou o funcionário de uma loja do Centro Comercial que não quis se identificar.

Ele contou que anteriormente, antes do fechamento do estabelecimento por conta do coronavírus, ele trabalhava como vendedor e depois trabalhou na entrega das compras on-line feitas na loja, mas este mês estreia em uma nova função. “Agora sou o responsável por organizar a entrada e saída de clientes. É uma novidade para mim. Mas está bom, melhor do que ficar desempregado, como aconteceu com muita gente por aí”, disse.

Em outros pontos da cidade, o comércio de rua, como nas proximidades da Feira do Guamá e da Terra Firme abriu normalmente, mas sem aglomeração. As feiras também, ao contrário da semana passada, estavam com uma movimentação tranquila de pessoas, inclusive com fiscalização sanitária para evitar aglomeração na Feira do Guamá.

ANANINDEUA

Já em Ananindeua, a reabertura foi recebida com alívio e grande expectativa de vendas por partes de comerciantes do município. Os empreendedores correm contra o tempo para aliviar o prejuízo devido os longos dias parados por causa da pandemia da Covid-19. Na avenida Dom Vicente Zico (antiga Arterial 18), local que conta com diversos estabelecimentos, muitos já abriram suas portas, ainda pela manhã, a espera de clientes. Apesar disso, todos tentavam não descuidar da prevenção. Entrada era permitida apenas a clientes com máscaras e, na entrada de diversas lojas, funcionários carregavam pequenos frascos de álcool em gel para borrifar nas mãos de quem passava por estes locais.

Entre as atividades autorizadas a voltar com seu funcionamento, de forma gradual, estão o comércio de rua, salões de beleza, igreja, indústria, construção civil, concessionárias e escritórios. Em uma loja de artigos para festas, na Cidade Nova 4, o movimento era considerado normal.

Sheila aposta nas festas juninas
📷 Sheila aposta nas festas juninas |Mauro Ângelo

O estabelecimento de rua passou quase dois meses fechado e a gerente do espaço, Sheila Kenny, destacou que a queda no faturamento chegou a cerca de 70%, mas que mesmo com o período de prejuízos ninguém foi demitido e a expectativa era de recuperar o que perdeu nas vendas agora de produto temáticos para o mês de festas juninas, mesmo com restrição do isolamento social. “Desde março tivemos que diminuir o fluxo e com o lockdown (suspensão de serviços não essenciais) fechamos totalmente, apenas com a venda por delivery. Demos férias coletivas e outras medidas para não demitir ninguém e hoje lutamos para continuar a fazer um trabalho com todos os protocolos de segurança para evitar o contágio, sem perder o faturamento”, afirmou.

Entre uma limpeza geral e outra, a esperança é atrair clientes.
📷 Entre uma limpeza geral e outra, a esperança é atrair clientes. |Mauro Ângelo

Maria de Nazaré é proprietária de uma loja de roupas e, ao lado de funcionários, fazia a higienização de diversas peças e manequins. Além disso, bem na porta, um funcionário oferecia álcool em gel aos clientes que já entravam em busca de novas peças de vestuário. Ela afirma que não teve qualquer tipo de faturamento enquanto esteve com a sua loja fechada devido ao risco de contágio. Apesar disso, Maria disse que tinha planos sobre como fazer a retomada de suas atividades para os próximos meses. “Agora vou tentar recomeçar. A gente tem mercadoria, mas como muito tempo parado, ficamos sem novidade, então vamos fazer promoção para ver se temos retorno de faturamento e de clientes também”, completa.

Moradora de Ananindeua, Nazaré Ramos, 54 anos, disse ainda ver com desconfiança o retorno de todas as atividades econômicas, mas que cada pessoa deve ter consciência do seu papel. “Eu ainda estou com o pé atrás porque tem muita falta de conscientização nas pessoas. Vai depender de cada um de nós que essa doença não volte, precisamos pensar na nossa família que divide o mesmo espaço. Independente de colocar ou não o pé para fora de casa, temos que ter consciência e torcer para que isso acabe logo”, observou.

Retoma Pará

- As primeiras medidas de reabertura gradativa e segura, seguindo protocolos, das atividades econômicas do Estado foram anunciadas pelo governador do Pará, Helder Barbalho, no último dia 29 de maio, quando foi apresentado o projeto “Retoma Pará”. Desde ontem (1º), começaram a ser reabertos, de forma controlada, espaços como o comércio, shoppings e igrejas, na Região Metropolitana de Belém, Marajó Oriental, Baixo Tocantins e Região do Araguaia.

- A retomada das atividades será monitorada e avaliada semanalmente. Todos os serviços deverão, a rigor, atender medidas operacionais, visando o controle de disseminação do novo coronavírus. De acordo com o chefe do executivo, a cada sexta-feira será apresentado um balanço de reabertura, tendo a saúde e a vida da população como pilar central para a tomada de decisão do processo. Ao todo, o projeto lista 36 serviços que serão retomados gradualmente, obedecendo protocolos específicos de funcionamento.

- Dentre os setores da economia que iniciarão a retomada gradativa das atividades estão comércio de rua, shopping center, exceto cinemas, parques temáticos e praças de alimentação, salão de beleza, igreja, indústria, construção civil, concessionárias e escritórios.

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