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FINAL DE SEMANA

Ruas e praças estavam movimentadas antes da retomada de atividades

Um dia antes do início da retomada dos comércios de rua e algumas outras atividades econômicas, Belém amanheceu agitada. Mesmo com a manutenção da recomendação de isolamento social por parte das autoridades sanitárias, muita gente foi vista caminhando pel

Imagem ilustrativa da notícia Ruas e praças estavam movimentadas antes da retomada de atividades camera Na Praça da República havia uma quantidade considerável de pessoas que praticavam exercícios ou passeavam. | Mauro Ângelo

Um dia antes do início da retomada dos comércios de rua e algumas outras atividades econômicas, Belém amanheceu agitada. Mesmo com a manutenção da recomendação de isolamento social por parte das autoridades sanitárias, muita gente foi vista caminhando pelas ruas em grupos e praticando exercícios em praças.

Em um cenário já diferente do visto nos domingos anteriores, as calçadas da Praça da República abrigavam uma quantidade considerável de pessoas que praticavam exercícios ou apenas passeavam na manhã ensolarada de domingo. Mesmo que com máscara, muitos idosos e famílias com crianças pequenas eram vistas circulando calmamente pelo local. Também nos gramados, grupos de pessoas passeavam com os animais de estimação.

Sem sair de casa há um bom tempo, o professor Francinei Bentes, 37 anos, se surpreendeu quando precisou sair às ruas na manhã de domingo. Ele não esperava ver tanta gente circulando na praça neste momento. “Eu estou achando bastante movimentado e isso me preocupa porque em outros locais já vimos situações em que, após o encerramento do lockdown, o número de casos da doença voltou a subir, na chamada segunda onda da pandemia”, considera. “Eu acho que as pessoas ainda deveriam estar mais em casa. Eu só saí hoje porque precisei”.

"Eu acho que as pessoas ainda deveriam estar mais em casa. Eu só saí hoje porque precisei”, Francinei Bentes, professor
📷 "Eu acho que as pessoas ainda deveriam estar mais em casa. Eu só saí hoje porque precisei”, Francinei Bentes, professor |Mauro Ângelo

Integrando um dos setores que estão autorizados a funcionar a partir desta segunda-feira, o centro comercial de Belém ainda mantinha quase a totalidade das lojas fechadas. Em raros casos, alguns comerciantes buscavam se preparar para o momento em que poderiam voltar a atender novamente. Proprietário de uma ótica localizada na travessa 1º de Março, na Campina, o comerciante Elielson Vasconcelos, 62 anos, sabe que o retorno às atividades não será como o cenário mantido antes da pandemia do coronavírus.

“Vamos precisar ter muita cautela, vigiar bastante e contar com a responsabilidade também dos clientes”, espera. “Vai mudar tudo na nossa forma de atender. Vai ficar sempre alguém na porta para fiscalizar a entrada e a saída das pessoas, tudo para que não haja aglomeração”.

Outra medida que o comerciante pretende adotar é a redução em 50% da quantidade de funcionários trabalhando por dia na loja, adotando uma espécie de escala de trabalho. “A situação ficou complicada durante esse período que ficamos fechados, estou pagando os meus funcionários com recursos de fora, de aluguéis que eu tenho, não demiti nenhum funcionário”, conta. “Vamos voltar porque precisamos voltar, mas com muita cautela”.

Moisés se preparava para abertura do seu estabelecimento.
📷 Moisés se preparava para abertura do seu estabelecimento. |Mauro Ângelo

Em outro ponto da cidade, no mercado do Ver-o-Peso, os comércios de produtos não alimentícios também permaneciam fechados. Em um deles, uma loja de bolsas e equipamentos de proteção individual agrícolas, o comerciante Moisés Menezes Machado, 59 anos, também se preparava para a reabertura.

Da mesma forma que Elielson, Moisés tem a clareza de que o retorno ainda será bem diferente da normalidade conhecida. “A expectativa é que inicie uma nova fase. Nós, comerciantes, temos uma grande expectativa porque sabemos que não será mais a mesma coisa, vamos ter que nos refazer”, avalia, ao classificar o período da pandemia do coronavírus como o mais difícil já enfrentado por ele nesses 40 anos de atividade como comerciante.

Durante os dois meses em que a loja foi mantida fechada, Moisés conta que precisou adotar um sistema de delivery. O papel afixado na porta da loja informava o número de telefone pelo qual os clientes poderiam fazer os pedidos mais urgentes. “Vamos ter que buscar uma solução e esperar a ajuda de Deus”.

Pará fica em 6º lugar no ranking de isolamento social

O Pará alcançou a 6ª posição no ranking brasileiro de isolamento social no sábado (30). Em números percentuais, a taxa representou 45,2% de pessoas se mantendo em casa para evitar a proliferação do novo coronavírus. Os dados foram divulgados ontem (31), pela Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), por meio da Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac).

Para o secretário de Segurança Pública, Ualame Machado, o isolamento social ainda precisa ser mantido para que não haja um novo ciclo de contaminações.

Segundo o levantamento, ao analisar as cidades paraenses, os três melhores índices de isolamento foram nos municípios de Chaves (63,4%), Melgaço (61,3%) e Anajás (61,3%). Já as cidades que mais desobedeceram a recomendação de ficar em casa, registrando um baixo índice de isolamento, foram Pau-D’arco (29,0%), Abel Figueiredo (29,2%) e Curuá (29,9%)

Na capital e em Ananindeua, foram registrados, respectivamente, 46,8% e 44%. Em Cametá, Abaetetuba, Santarém e Parauapebas, onde está mantido o lockdown por decreto municipal, seguindo o que determina o decreto estadual, os índices foram de 52,9%, 48,5%, 47% e 43,3%, respectivamente.

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