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RISCOS

Belém vive clima de férias com crianças brincando nas ruas

A cena é muito comum nas lembranças. Nem parece que estamos vivenciando a maior pandemia registrada nas últimas décadas no mundo. A crise provocada pelo novo coronavírus, que matou milhares de pessoas nos quatro cantos do mundo, ainda não está controlada,

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Imagem ilustrativa da notícia Belém vive clima de férias com crianças brincando nas ruas camera Totalmente desprotegidas, as crianças brincam tranquilamente nas ruas, ao contrário do que orientam as autoridades de saúde. O lockdwon acabou. O isolamento não. | Wagner Santana

A cena é muito comum nas lembranças. Nem parece que estamos vivenciando a maior pandemia registrada nas últimas décadas no mundo. A crise provocada pelo novo coronavírus, que matou milhares de pessoas nos quatro cantos do mundo, ainda não está controlada, mas nas ruas, o sentimento após o fim do lockdown, decretado pelo Governo do Estado, é de que tudo voltou ao normal, principalmente para as crianças e jovens, que saem de casa para aproveitar o período antecedente ao mês de julho.

O lockdown encerrou no último dia 24. Desde então, como uma avalanche, pessoas foram às ruas, seja a trabalho ou a passeio. Muitos de máscara. Outros não. Mas uma atividade específica chama a atenção: as tradicionais pipas já colorem os céus da capital. Em vários bairros é possível ver dezenas de crianças e jovens numa tradição agora perigosa soltando pipas, ignorando os riscos de possíveis contágios da Covid-19.

Na Terra Firme, por exemplo, próximo ao canal do Tucunduba, a cena é clássica. Grupos de crianças com suas linhas enceradas e pipas coloridas tocam um ritual antigo, que se inicia sempre perto das férias escolares. Este ano, porém, as “férias” perduram há meses, desde que o governo decretou a suspensão das aulas, devido ao alto risco de contaminação nas escolas. Com o ano letivo comprometido, crianças vão às ruas como se fossem eternas férias, embora o recomendado seja o aposto.

Durante a pandemia é necessário se resguardar, pois a melhor forma de evitar a propagação do vírus é manter-se distante de outras pessoas. Mas no imaginário infantil essa regra parece não existir.

O serviços gerais Mário Nascimento, 59, assiste a cena todas as tardes e diz que a vida está tomando novamente seu rumo. “Olha, não tem como fazer elas ficarem em casa. A mesma coisa vale para os adultos. Se a gente não trabalhar, não come. Eles estão sem fazer nada, então a tendência é que saiam para as ruas. Sempre foi assim”, afirma.

Mário Nascimento já nem se incomoda com o vai e vem dos garotos, muitos sem máscara, inclusive ele, que trabalha diariamente em qualquer atividade que lhe for ofertada.

Os mais de 35 mil casos confirmados e 2.785 óbitos em todo o Estado reforçam a necessidade de manter-se em casa. Ainda que o clima de normalidade e o relaxamento das medidas mais severas esteja em curso, é necessário entender que a forma de transmissão do vírus é silenciosa e seus efeitos são imprevisíveis.

As mortes não escolhem idade e crianças e jovens também estão entre as vítimas fatais. Quanto mais cedo os níveis de transmissão caírem, mais duradouro e tradicional será o colorido nos céus e a correria no chão aos gritos de “ovaite, penoso”.

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