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REFORMA

Feirantes protestam contra falta de organização e a má qualidade do material em obras no Ver-o-Peso

Com o fim do lockdown ontem (25), muitos feirantes da área do Ver-o-Peso voltaram as suas atividades normais. Enquanto outros, mesmo sem ainda poder retornar, porque ainda não foram liberados, resolveram verificar suas mercadorias e como está a obra de re

Imagem ilustrativa da notícia Feirantes protestam contra falta de organização e a má qualidade do material em obras no Ver-o-Peso camera Os trabalhadores chegaram a fechar a Castilho França. | MAURO ÂNGELO

Com o fim do lockdown ontem (25), muitos feirantes da área do Ver-o-Peso voltaram as suas atividades normais. Enquanto outros, mesmo sem ainda poder retornar, porque ainda não foram liberados, resolveram verificar suas mercadorias e como está a obra de reforma da feira, iniciada no começo do ano pela Prefeitura de Belém. A falta de organização e a má qualidade do material usado nos trabalhos acabaram gerando protesto por parte dos feirantes, que chegaram a fechar o acesso pelo Boulevard Castilhos França, por alguns instantes para chamar atenção das autoridades para a situação.

A feirante Osvaldina Ferreira, que trabalha há mais de quatro décadas no setor de comidas, informou que a prefeitura está descumprindo o que foi acordado com os trabalhadores anteriormente. “Foi acertado que a obra seria feita por setores e que os trabalhadores seriam remanejados para continuarem trabalhando, mas quando foi agora o administrador municipal chegou dizendo que vai desligar tudo (a energia elétrica) para começar a obra aqui, sendo que eles nem terminaram a parte de lá”, reclama. “Tem muita gente aqui que ficou sem energia elétrica e não foi avisado previamente. Isso não pode acontecer porque temos nossas mercadorias. Queremos sim a obra, mas não que ela seja feita de qualquer jeito, desrespeitando os trabalhadores.

Outra reclamação é quanto à lona que foi colocada para cobrir a área de industrializados. A cobertura já apresenta falhas, porque não suportou as chuvas e precisou ser amparada em estacas de madeira para não cair. “Estava sem vir aqui há mais de um mês por conta do isolamento social, mas hoje (ontem) resolvi vir aqui vê como está a minha mercadoria e quando abri para olhar, vi que acabou molhando e estragando tudo. Até agora estou com um prejuízo de mais de R$ 5 mil”, contou Jorge Reis, que trabalha vendendo confecções há 30 anos. Os feirantes também protestaram contra a situação das barracas de madeira que foram construídas para que eles fossem remanejados conforme o avançar da obra.

A Secretaria Municipal de Economia (Secon) informou, em nota, que está em constante diálogo com os permissionários da feira do Ver-o-Peso, para organizar o remanejamento para as barracas provisórias, construídas de acordo com projeto aprovado pelo Iphan e dialogado com os feirantes. A Secretaria Municipal de Urbanismo acrescenta que a obra da Feira do Ver-o-Peso teve projeto aprovado pelo Iphan e é acompanhada pelo órgão. “A nova lona da cobertura da feira é fabricada com material de alta qualidade, com durabilidade de oito anos e resistência antichama, além de capacidade de reduzir o calor. Antes da instalação, a lona passa por testes de incêndio e resistência”, informou.

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