Pará está entre os estados com menores taxas de homicídios

O Pará está entre os dez Estados brasileiros que apresentaram uma redução significativa nos números de homicídios no primeiro trimestre deste ano, conforme apontou o Monitor da Violência do G1. O estudo apresentados, mês a mês, pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup); e que também apontam para uma redução de crimes contra a vida. O G1 mostra que o Pará teve 188 homicídios no mês de março, ou uma taxa de 2,18 a cada 100 mil habitantes, uma das menores do Brasil

O segundo trimestre de 2020 também começou com uma redução dos índices de homicídios, segundo a Segup. Em abril deste ano, 181 casos foram registrados – 63 a menos que em abril de 2019, quando 244 homicídios aconteceram no Pará. Uma diferença de 26%. No comparativo de abril de 2020 com abril de 2018, quando 390 homicídios foram registrados, a redução na taxa chega a 54%.

Analisando somente os dados do mês de março de 2020, por exemplo, o portal destacou que a taxa de homicídios no Pará caiu 24% quando comparada com março de 2019. Sendo que isto aconteceu num período em que o número de assassinatos cresceu, em média, 11% no Brasil, segundo o site.

A diferença nos índices de assassinatos divulgados pelo G1 está bem próxima ao percentual divulgado pela Segup, que indicou uma queda de 23,1% nos homicídios em março. Para o titular da Secretaria, Ualame Machado, a publicação do portal não deixa dúvidas sobre os resultados das ações tomadas pelo governo para combater a violência - desde o início da gestão, em janeiro de 2019. “Entraremos para o 17º mês consecutivo de redução dos índices de criminalidade”, estima o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, já se referindo ao atual mês de maio, que também tem apresentado uma baixa no registro de casos de homicídios.

Ualame enfatiza ainda que o período de isolamento social em todo o território paraense que começou na segunda quinzena de março - e também as duas semanas de lockdown em alguns municípios paraenses – não influenciam na redução da queda do número de homicídios. “Os homicídios não deixam de acontecer até porque a motivação deles não tem relação com as pessoas nas ruas. Muitos destes crimes [de homicídios] têm relação com facções criminosas e tráfico de drogas”, reforça, ao fazer referência aos 17 estados brasileiros que apresentaram aumento das taxas de homicídios.

INTEGRAÇÃO

O secretário cita a integração entre as forças policiais Militar e Civil, que aprimorou o serviço de Inteligência, como um exemplo de ação tomada pelo Governo do Estado para conter o avanço da violência. Destaca também o projeto Polícia Mais Forte. “Tivemos um aumento do efetivo e de viaturas nas ruas da Região Metropolitana de Belém. Antes eram 120 viaturas fazendo o policiamento ostensivo, atualmente são em média 360 viaturas”, aponta Ualame Machado. “Mesmo com a pandemia conseguimos manter um bom efetivo”, frisou.

A rápida da resposta do governo em relação aos crimes de homicídios também está entre as ações que tem influenciado na redução dos índices. “Isto diminuiu a sensação de impunidade e os autores de assassinatos passaram a ver que a polícia estava agindo e, numa média de 24 horas, acabavam prendendo os envolvidos”, ressaltou Machado. “O controle do Estado no sistema penitenciário também tem uma forte influência na redução da criminalidade fora dos muros das casas penais”, acrescentou.

Os índices de criminalidade registrados neste mês de maio serão divulgados em junho, mas, de acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, já foi possível perceber uma queda dos índices de crimes contra a vida entre 1 a 13 de maio de 2020.

PARA ENTENDER

Levantamento

- A ferramenta criada pelo G1 permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país. Estão contabilizadas as vítimas de homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Juntos, estes casos compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais.