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PROPOSTAS SAÚDE

Jader propõe alterar lei para manter hospitais públicos durante eleições

A partir do dia 7 de julho deste ano entra em vigor a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997) que, entre outras ações proíbe a nomeação, contratação ou admissão de servidores para qualquer esfera da administração pública. Como ainda não há nenhuma medida pro

Imagem ilustrativa da notícia Jader propõe alterar lei para manter hospitais públicos durante eleições camera Reprodução - Facebook

A partir do dia 7 de julho deste ano entra em vigor a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997) que, entre outras ações proíbe a nomeação, contratação ou admissão de servidores para qualquer esfera da administração pública.

Como ainda não há nenhuma medida propondo o adiamento das eleições municipais de 2020, o senador Jader Barbalho (MDB-PA) está preocupado com os efeitos que esta proibição pode causar nos profissionais de saúde, entre outros serviços essenciais, que estão atuando na linha de frente de hospitais públicos e unidades de saúde no enfrentamento ao coronavírus pelo país afora. O objetivo do artigo 73 da Lei é evitar o uso de cargos e funções públicas em benefício de determinadas candidaturas e partidos.

Pelo artigo da Lei das Eleições, os agentes públicos estão impedidos, nos três meses que antecedem o pleito, de nomear, contratar ou admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional de servidor público. E, ainda, de ofício, remover, transferir ou exonerar servidor público na circunscrição do pleito, até a posse dos eleitos.

A lei estabelece cinco exceções, como, por exemplo, a nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais ou Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República, mas não inclui a saúde, área que tem sido essencial no enfrentamento ao coronavírus.

Por essa razão, Jader Barbalho apresentou ao Senado um projeto de lei que altera a Lei nº 9.504/1997 para permitir a contratação de agentes da área da saúde durante a vigência de estado de calamidade pública provocada pela pandemia de coronavírus (covid-19).

Transferências Voluntárias

O texto apresentado pelo senador paraense também propõe a alteração de outro artigo da Lei das Eleições que proíbe nesse período de três meses antes das eleições as transferências voluntárias de recursos da União aos estados e municípios, e dos estados aos municípios. A ressalva nesses repasses somente pode ocorrer nos casos de verbas destinadas a cumprir obrigação prévia para execução de obra ou serviço em andamento, com cronograma já fixado, e as utilizadas para atender situações de emergência e de calamidade pública.

Na avaliação do senador, a evolução dos efeitos do coronavírus no país, como vem sendo mostrado por projeções e estimativas, estão sendo revistas, e revelam profundos impactos em diversos setores da economia. “Os impactos são sentidos diretamente pela população, prejudicam a vida das pessoas e as finanças dos municípios e dos estados”, ressalta Jader Barbalho.

“O vírus vem se expandindo de forma progressiva e afetando diretamente o cotidiano das pessoas, transformando seus hábitos, atitudes e consumo. A situação ainda deve agravar-se muito, sem data certa para acabar. Para evitar ainda mais o desgaste e os impactos da recessão, nada mais justo que os repasses de recursos continuem sendo realizados aos estados e municípios, mesmo durante o período eleitoral, estando o país em situação de calamidade pública”, destaca o senador.

Jader acentua que a continuidade do pagamento de recursos, durante o período eleitoral, vai ajudar de forma positiva a movimentar a economia.

Ele coloca como exemplo as emendas apresentadas ao Orçamento Geral da União para este ano, quando foram apresentadas 8.994 emendas parlamentares, incluindo neste total as emendas individuais dos deputados e senadores, das bancadas estaduais, de comissões permanentes e de relator. “Esse valor ultrapassa 40 bilhões de reais, que podem ser injetados nos estados e municípios. Pelo menos metade deste valor, ou seja, R$ 20 bilhões, são carimbados para a área da saúde, e não podem deixar de ser repassados em um momento crítico e gravíssimo como o que estamos a enfrentar”, defende o senador Jader

Desse valor total apresentado em forma de emendas, foram empenhados até o momento cerca de R$ 12,3 bilhões e pagos mais de R$ 6,4 bilhões, quase todas na área da saúde.

Além desse recurso ressaltado pelo senador Jader Barbalho, que é indicado por parlamentares e pelas bancadas, acumulam-se também no orçamento federal os restos a pagar de 2017 a 2019, e o valor das emendas parlamentares de 2020 já empenhadas que podem ser liberadas durante esse período de três meses antecedem as eleições. Esse montante soma R$ 18 bilhões para estados e municípios, sendo que mais de 4,4 bilhões são para a área da saúde.

“Esse valor de mais de quatro bilhões é destinado à compra de equipamentos e materiais permanentes para hospitais e unidades de saúde; obras de construção, ampliação e reforma de postos de saúde e hospitais; custeio para a atenção básica e especializada; entre outras ações fundamentais para a manutenção e continuidade do atendimento do cidadão brasileiro. Não podemos abdicar desse recurso quando temos tantas pessoas necessitando de atendimento médico” explicou o parlamentar.

No texto apresentado no projeto de lei, o senador lembra que, para a área da Educação, que também está entre as mais impactadas pela crise do coronavírus, são mais de R$ 1,5 bilhão de recursos a serem pagos, que beneficiariam escolas para educação básica, universidades, institutos federais, hospitais universitários, entre outros, com a compra de equipamentos e materiais permanentes, obras de construção, ampliação e reforma e custeio para a manutenção das unidades educacionais.

O projeto de lei foi apresentado na última sexta ao Senado e começa sua tramitação a partir desta segunda, 25.

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