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Um dia antes do lockdown, bairros de Belém têm grande movimento

Ontem foi um dia de movimento intenso de carros, pedestres e enorme aglomeração em feiras e mercados. O último dia antes do início do lockdown na capital foi marcado por grande número de pessoas fora de casa, após o anúncio do Governo do Estado e prefeitu

Imagem ilustrativa da notícia Um dia antes do lockdown, bairros de Belém têm grande movimento camera Na porta de supermercados, e nas feiras, houve muitas aglomerações. | RICARDO AMANAJÁS/Diário do Pará

Ontem foi um dia de movimento intenso de carros, pedestres e enorme aglomeração em feiras e mercados. O último dia antes do início do lockdown na capital foi marcado por grande número de pessoas fora de casa, após o anúncio do Governo do Estado e prefeituras das medidas mais rígidas para tentar conter o avanço da Covid-19 que começam a valer, de forma educativa, hoje (7). Em bairros mais populosos, por exemplo, moradores relataram um aumento no número de pessoas nas ruas, segundo depoimentos, tentando evitar o desabastecimento de alimentos em suas casas, mesmo com o bloqueio garantindo o funcionamento de serviços essenciais.

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No bairro da Marambaia, um com os maiores casos confirmados da Covid-19 (124 infectados até o início da tarde de ontem), as filas em frente aos supermercados eram grandes. No supermercado Mateus, localizado na avenida Tavares Bastos, muitos aguardavam do lado de fora o momento para entrar no estabelecimento para realizar compras. Entre eles estava a comerciária Eliete Barros, que reforçou só sair de casa em momento de necessidade, mas reconhecendo o aumento no número de pessoas nas ruas. “Basta todo mundo ter consciência e seguir as regras. Eu mesmo não vou sair comprando tudo de uma vez porque tem outras pessoas que também precisam fazer suas compras. Tem que ter cuidado e fé de que isso vai passar, eu sei que uma hora vai”, disse.

Ainda na avenida Tavares Bastos, em frente ao supermercado Líder, a mesma situação na área externa do local. Um funcionário tentava a todo momento orientar os clientes sobre a importância de manter o distanciamento mínimo um dos outros, mas sem muito sucesso. Próximo dali, o taxista Maurício Uchôa, 47 anos, afirma que mesmo com o número de casos no bairro, o movimento na Marambaia tem sido como o de um dia comum e defendeu a aplicação do lockdown na esperança de frear o contágio na área. “Aqui tem morrido muita gente, mas parece um dia normal. Ninguém respeita nada. Aqui eu perdi três clientes, um pai e seus dois filhos. Todos morreram de coronavírus. O foco na Marambaia é muito grande e a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) não vai dar conta. É preciso fechar tudo mesmo porque essa doença não é brincadeira”, comentou.

No bairro da Pedreira, com 148 casos confirmados até o início da tarde de ontem (6), o movimento era intenso na avenida Pedro Miranda. Próximo à feira do bairro, diversas pessoas dividiam o mesmo espaço, próximo das barracas, em busca de produtos como frutas, verduras, legumes e carnes. No local, ao identificar a equipe do DIÁRIO, alguns comerciantes e populares desconfiados escondiam o rosto e ironizavam a presença da equipe.

A ampliação das restrições (lockdown) vale para toda a região metropolitana - Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara do Pará, Santa Izabel do Pará e Castanhal - para Santo Antônio do Tauá e Vigia de Nazaré, no nordeste paraense, e para Breves, no Marajó. O objetivo é garantir a saída da população apenas para buscar serviços considerados essenciais. Supermercados, farmácias, feiras, bancos e lojas de material de construção são alguns destes serviços considerados essenciais e permanecerão em funcionamento.

Segup coordena operação de fiscalização do bloqueio

Após publicação do Decreto 729, na terça-feira (5), instituições vinculadas à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) traçaram estratégias a fim de definir a atuação durante o período de lockdown, ou seja, no período em que as atividades não essenciais foram suspensas nos municípios que integram a Região Metropolitana de Belém (Belém, além das cidades de Santo Antônio do Tauá, Vigia de Nazaré e Breves, no Marajó). A medida tem o objetivo de reduzir a circulação de pessoas e a proliferação do novo coronavírus. Os locais foram elencados levando em consideração aqueles que possuem mais de 80 infectados para cada 100mil habitantes e podem ser modificados, conforme o monitoramento diário.

As ações educativas já começam nesta quinta-feira (7), e seguem até o próximo sábado (9), com os agentes de segurança nas ruas orientando e fazendo a distribuição de máscaras para aqueles que estiverem sem. A entrega, que só estava ocorrendo na região metropolitana, agora será ampliada para os municípios elencados do interior do Estado. A ação ocorrerá, prioritariamente, nos bairros que apresentarem um baixo índice de isolamento social, tanto os da RMB, quanto do interior, feiras e supermercados, além de agências bancárias para, principalmente, fazer com que as pessoas obedeçam ao distanciamento de um metro. Nos bairros a ação terá a finalidade de restringir o fluxo de pessoas nos principais corredores a fim de reduzir o acesso bairro - centro. O monitoramento será diário, e se for detectado a necessidade de atuação em outro bairro, o esforço será direcionado para aquele local. Estabelecimentos comerciais que podem funcionar: comércio de gêneros alimentícios, medicamentos, produtos médico-hospitalares, produtos de limpeza e higiene pessoal.

Todos devem obedecer algumas exigências como: controlar a entrada de pessoas - limitado a 1 (um) membro por grupo familiar, respeitando a lotação máxima de 50% (cinquenta por cento) de sua capacidade, inclusive na área de estacionamento.

AS DIFERENÇAS ENTRE LOCKDOWN, ISOLAMENTO E QUARENTENA

l Lockdown

O lockdown é entendido como uma medida muito mais dura para restringir a circulação das pessoas e evitar a propagação do vírus. O primeiro estado brasileiro a adotar o lockdown foi o Maranhão. Apenas serviços considerados essenciais podem funcionar, e a população pode sair apenas para comprar alimentos, remédios ou buscar auxílio médico.

Quarentena

É a prática de separar e restringir o acesso ou circulação de pessoas que foram ou podem ter sido expostas a doenças contagiosas. Segundo o Departamento de Saúde dos Estados Unidos, o objetivo é entender se elas estão doentes – afinal, elas podem simplesmente não apresentar sintomas – e evitar a propagação.

Isolamento

Na atual pandemia, o termo “isolamento” também tem sido usado por muita gente para falar da prática de ficar em casa e evitar o contato com outras pessoas – mesmo não estando doentes.

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