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Decreto municipal que fecha comércio começa a valer a partir de hoje

Está valendo, a partir de hoje, a proibição do funcionamento do comércio e das atividades não essenciais em Belém. A medida foi anunciada no último domingo (26), mas a atualização do decreto foi publicada somente na tarde de ontem (27), no Diário Oficial

Imagem ilustrativa da notícia Decreto municipal que fecha comércio começa a valer a partir de hoje camera Mudanças anunciadas pela prefeitura só foram publicadas ontem à tarde e até o último momento, comerciantes e ambulantes tentavam atrair clientes. A preocupação deles, agora, é com o futuro próximo | Irene Almeida

Está valendo, a partir de hoje, a proibição do funcionamento do comércio e das atividades não essenciais em Belém. A medida foi anunciada no último domingo (26), mas a atualização do decreto foi publicada somente na tarde de ontem (27), no Diário Oficial do Município. No centro comercial da cidade, diversos lojistas, comerciantes e vendedores ambulantes trabalharam até o último instante. Por lá, o clima era de apreensão em relação a como ficará a situação dos trabalhadores a partir de agora. O movimento de pessoas transitando pelo comércio estava até intenso para um período de isolamento social, conforme recomendam as autoridades de Saúde.

Passava um pouco das 14h quando a equipe de reportagem percorreu as ruas do centro comercial de Belém. Neste horário o Diário Oficial ainda não havia sido publicado, no entanto muitas lojas já estavam de portas fechadas, enquanto outras permaneciam abertas - mesmo que o fluxo de clientes dentro delas fosse baixo ou nulo.

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Alguns empreendimentos tinham avisos informando redução do horário de funcionamento. Outras lojas, já colocaram avisos de que permanecerão fechadas por tempo indeterminado. Na Rua Santo Antônio, uma das mais movimentadas, os camelôs e vendedores ambulantes trabalhavam normalmente. José Neves, 45 anos, admitiu estar preocupado com as restrições de funcionamento do comércio. Ele tem uma barraca de venda de sucos e lanches e a maioria dos clientes são os próprios trabalhadores do centro comercial. “As vendas já estão fracas, com as lojas fechando não terei público. Em casa só tenho comida e dinheiro se tiver vendido alguma coisa aqui”, pontuou. Ele não conseguiu receber o auxílio emergencial de 600 reais pago pelo Governo Federal. “Está em análise”, ressaltou.

SUSTENTO

José Lisboa, 45, tem uma barraca onde vende máscaras. Não sabe o que vai fazer depois que o decreto começar a valer. “Não dá, gente. Preciso trabalhar, do contrário não levarei comida para dentro de casa”, comentou. O funcionamento de supermercados, farmácias, serviços relacionados à saúde e funerários está permitido por serem considerados essenciais, assim como os serviços de segurança pública e privada. A atualização do decreto permite que os serviços bancários também integrem a lista de atividades essenciais, mas as agências precisam se adequar a recomendação de realizar os atendimentos por agendamento.

No centro comercial da capital, lojas permaneceram abertas durante toda a tarde
📷 No centro comercial da capital, lojas permaneceram abertas durante toda a tarde |Wagner Santana

BAIRROS

Ontem, muitos bairros permaneciam com comércio normal, sem se preocupar com o alto risco de contágio. No bairro do Guamá, um dos principais da capital, o fluxo de pessoas era intenso. Comércios e feiras funcionavam normalmente e, mesmo com máscaras pessoas passavam próximas umas das outras, sem respeitar o distanciamento mínimo recomendado para evitar a transmissão do novo coronavírus.

Muitos afirmam que saem de casa por não ter outra opção, já que precisam trabalhar para levar o dinheiro que garante o sustento da família. É o caso do feirante José Maria que, apesar de estar usando máscara teme pegar a doença. “Tem muita gente com sintoma (do covid-19) aqui, mas pelo menos estão de máscara. Sábado e domingo isso aqui vira um formigueiro com tanta gente na rua. Só Deus para livrar a gente mesmo”, comentou apreensivo.

“Vocês têm que ver isso aqui dia de sexta. Fica completamente lotado e não se vê nenhum guarda para fiscalizar. Aqui no Guamá a gente está abandonado. Eu só saio mesmo porque preciso fazer as compras, mas é só fazer isso que volto logo para casa”, disse a cliente Helen Souza, que já estava retornando para casa.

Cenário semelhante foi encontrado no bairro da Pedreira. Muitas pessoas nas ruas, comércios abertos como se fosse mais um dia normal. O jornaleiro Kleber Mariano afirma que, mesmo com a pandemia, o número de pessoas nas ruas do bairro é elevado. “Mesmo com as vendas dando uma caída, a gente ainda vê muita gente na rua. Tudo tem funcionado normalmente até porque as pessoas precisam de dinheiro ou de comida”, afirma.

Decreto municipal que fecha comércio começa a valer a partir de hoje
📷 |Diário do Pará
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