Uso de máscara em Belém ainda não é obedecido e nem fiscalizado

O uso de máscara de proteção se tornou obrigatório nas ruas de Belém. A determinação é de um decreto municipal que começou a vigorar desde ontem (24). Segundo ele, quem descumprir a determinação pode ser multado.

A medida visa conter a proliferação da pandemia causada pelo novo coronavírus. Mas apesar disso, o número de pessoas que circulam sem as máscaras de proteção na capital, ou fazem o uso de maneira incorreta, ainda é grande.

Na manhã de ontem, a reportagem do jornal DIÁRIO DO PARÁ, rodou por vários pontos da cidade e não encontrou nenhuma fiscalização com relação ao uso de máscara. O que se viu foi muitas pessoas ignorando a exigência dessa proteção.

No centro comercial de Belém, onde ainda há uma grande circulação de pessoas, foi possível encontrar vários indivíduos sem máscaras ou ainda fazendo o uso inadequado dela.

Uma delas foi a ambulante Ruth Costa. Mesmo vendendo máscaras, ela preferiu usar a proteção no pescoço. Ao ser abordada pela reportagem, ela garantiu que está fazendo uso desse material, mas que havia tirado por um instante. “Eu uso sempre, só tirei mesmo para dar uma respirada, porque me causa um pouco de agonia”, disse.

O segurança Max Arnaldo, que também atua na área comercial de Belém, diz que tem mantido o uso da máscara diariamente e que tem observado que, pelo menos onde trabalha as pessoas estão mais conscientes.

“Vejo muita gente passando por aqui de máscara. Até porque aqui tem sempre alguém vendendo, então fica mais fácil adquirir”, disse.

Para ele, é importante haver uma exigência e fiscalização em relação ao uso desse equipamento de proteção.

“O ideal seria que todo mundo usasse. Acho válido essa exigência, mas acredito que ela só vai surtir efeito se houver fiscalização, porque algumas pessoas simplesmente ignoram e não usam mesmo”, opinou.

O ambulante Bena Silva também é a favor da exigência do uso de máscara. Primeiro porque entrou no rol dos produtos vendidos por ele em banca montada próximo à Presidente Vargas, juntamente com acessórios para celular. E segundo porque acreditar ser uma forma eficaz de proteção.

“Acho que todos deveriam usar. Sou à favor da exigência. Acredito que aos poucos as pessoas vão acabar aderindo e usando pra valer”, disse ele, que garantiu estar usar desde o início da pandemia. “Tenho que fazer a propaganda do meu produto”, justificou.