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BALANÇO

Covid-19 avança e atinge quase 700 no Pará, adultos são os mais atingidos

Hoje, já são 697 infectados no Estado, após um mês do 1º caso, e 34 mortes. A maior parte dos doentes é formada por adultos até 59 anos

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Imagem ilustrativa da notícia Covid-19 avança e atinge quase 700 no Pará, adultos são os mais atingidos camera Nas ruas de Belém, mesmo com o vírus se espalhando, muita gente ainda não se protege | Celso Rodruigues

Um mês após a confirmação do primeiro caso do novo Coronavírus no Estado, a média de positivados progrediu assustadoramente em um total de 697 infectados e 34 mortes - com base em números divulgados às 13h38 deste sábado (18). O crescimento em progressão geométrica deve assustar ainda mais nos próximos dias, já que, segundo especialistas, o Pará está no início da subida da curva de ascensão do contágio. O Governo do Estado, desde o dia 16 de março, a partir do decreto estadual 609/2020 determinou uma série de restrições no sentido de evitar todo tipo de aglomeração de pessoas.

Suspensão das aulas na rede estadual; proibição de eventos de qualquer natureza primeiramente com mais de 500 pessoas, depois com mais de 100 pessoas e atualmente com mais de 10 pessoas; fechamento de bares, shoppings, restaurantes (que podem atender via delivery ou entrega no local), bem como a suspensão de expediente em praticamente todo o serviço público, com exceção do que é considerado essencial; suspensão do transporte coletivo interestadual rodoviário e hidroviário; construção de quatro hospitais de campanha, além da criação da novos 400 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com recursos do tesouro estadual.

Os impactos causados pela doença à economia também inspiraram iniciativas como a criação do Fundo Esperança, para pequeno e microempresários, e também trabalhadores da economia criativa, além de linhas de crédito destinadas ao pagamento de folha de pessoal para médias e grandes empresas - todas viabilizadas pelo Banco do Estado do Pará (Banpará). No entanto, mesmo com toda essa retaguarda, os números de doentes por vezes duplicam de um dia para o outro e se multiplicam de forma assustadora entre uma semana e outra. É só lembrar que no dia 10 de abril eram somente 41 casos confirmados, ou seja, 15 vezes menos que agora.

EXPERIÊNCIA

Basta um exemplo da própria experiência da hepatologista Deborah Crespo para se entender a necessidade do isolamento domiciliar e distanciamento social. No domingo passado, dia 12, ela perdeu um paciente com cirrose vítima da Covid-19. A vítima veio de outro estado para ficar isolado com o filho, que mora em Belém.

No entanto, um dos moradores da residência teve pneumonia e precisou da companhia de outro morador para ir ao hospital. Nesse fluxo, somente o paciente de Deborah acabou contaminado, sem sequer ter saído de casa, e não resistiu. “É muito triste ver a história se encurtar por conta de um inimigo invisível. Não se pode dar garantia de fato porque são tantos os fatores, então é preciso todo o zelo para que não haja uma evolução desse cenário”, avalia a médica. Deborah entende como um enorme desafio o fato de que o vírus não possui um quadro de sintomas fechado, e que a pessoa uma vez assintomática e contaminada, pode transmitir o vírus para um sem-número de pessoas.

“O crescimento ou não depende diretamente do comportamento da população. Ficar em casa, reforçar os cuidados de higiene, usar a máscara quando em público e lavá-la adequadamente após cada uso. Se não chegarmos a pelo menos 60%, 70% não vamos conseguir reduzir o aumento de casos”, justifica.

Adultos são os mais atingidos pela doença no Estado

No Pará, a cada dia são registrados números crescentes da covid-19. O mais recente balanço da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa/PA), mostra que a doença está atingindo em maior número as pessoas na fase adulta, apesar de ainda ter maior fatalidade entre os mais idosos.

Os números mostram que a maior parte dos casos está na faixa etária entre 30 e 59 anos, com 432 casos confirmados. Nessa faixa, são 15 óbitos. Já entre os idosos acima de 60 anos, são 148 casos e 17 mortes. Enquanto no segmento da população mais jovem os números de infectados é bem maior, a relação de óbitos se equivale, o que mostra que o vírus ainda é perigoso mesmo para quem não estaria, teoricamente, no grupo de risco.

Para Deborah Crespo esses números podem estar relacionados ao cumprimento de medidas protetivas, como o isolamento social. “Pelas medidas que vêm sendo tomadas e o governo vem alertando, a faixa etária de maior risco, que são os idosos, de certa forma, está circulando menos. Enquanto que os adultos jovens acabam circulando mais”, ressalta.

A médica destaca que é importante deixar claro que o coronavírus pode atingir a qualquer pessoa, independente da faixa etária. Por essa razão é necessário aumentar os cuidados. “É necessário respeitar o distanciamento e manter os cuidados de higiene como lavar as mãos e não levar as mãos aos olhos, nariz e boca”, afirma.

Ela destaca que um dos grandes desafios relacionados ao coronavírus está justamente na forma de contágio.

A infectologista lembra ainda que os adultos jovens que apresentam doenças crônicas pulmonares, cardíacas, diabetes e até mesmo obesidade (por conta do maior risco de diabetes) devem redobrar os cuidados, por fazer parte do grupo de risco. “Já se sabe que o vírus não atinge apenas os pulmões, mas outros órgãos também são atingidos”.

O tempo de manifestação da doença, também ainda não está definido. “Após ser infectado pelo vírus, a pessoa pode levar de três a cinco dias para manifestar doença. Agora o tempo que ela ficará doente pode variar bastante. Existem pessoas que em uma semana os sintomas desaparecem, mas há casos em que pode haver complicações que podem levar a pessoa a ficar até 21 dias no hospital”, afirma.

Número de casos e óbitos do coronavírus por faixa etária no Pará

- 0 a 9 anos: 11 casos e nenhuma morte

- 10 a 19 anos: 18 casos e nenhuma morte

- 20 a 29 anos: 88 casos e uma morte

- 30 a 39 anos: 153 casos e 3 mortos

- 40 a 49 anos: 162 casos e 8 mortos

- 50 a 59 anos: 117 casos e 4 mortos

- 60 a 69 anos: 76 casos e 6 mortos

- Mais de 70 anos: 61 casos e 11 mortos

- 641 casos no total, com 9 de idade não informada.

- 52% casos são de homens

- 48% casos são de mulheres

- Belém tem o maior número de casos, 494, com 23 mortes e letalidade de 4.66%%

- Ananindeua tem o segundo maior número de ocorrências, com 73 positivados e letalidade de 1,37%, e apenas uma morte.

- Até o momento, 43 dos 144 municípios apresentam casos da doença.

- No dia 14 de abril foram registrados, em um mesmo dia, 103 novos casos.

- Também no dia 14 foram sete mortes em decorrência da doença.

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