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PANDEMIA

Pesquisa mostra que Pará pode ter mais de 6.165 infectados pelo coronavírus

Os casos de infecção por coronavírus em todo o país são muito superiores aos que vêm sendo apresentados pelo Ministério da Saúde. É o que afirma um estudo feito por cientistas e estudantes que integram um centro de estudos, organizados pela Universidade d

Imagem ilustrativa da notícia Pesquisa mostra que Pará pode ter mais de 6.165 infectados pelo coronavírus camera Estudo de centro organizado pela USP e UnB, entre outros, aponta que os casos da doença no Brasil já superam 313 mil infectados | Antonio Rezende/PMRJ/Fotos Publicas

Os casos de infecção por coronavírus em todo o país são muito superiores aos que vêm sendo apresentados pelo Ministério da Saúde. É o que afirma um estudo feito por cientistas e estudantes que integram um centro de estudos, organizados pela Universidade de São Paulo (USP) e Universidade de Brasília (UnB), entre outros.

Segundo análise de modelagem numérica que realizam de forma sequencial, os casos no Brasil já superam 313 mil infectados. No Pará os infectados podem ultrapassar 6.165, ou até 19 vezes maior o que já foi detectado oficialmente.

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Ontem, 14, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, voltou a afirmar que o fato de não haver no país condições de testagem em massa impede que se tenha uma dimensão exata de quantos já foram infectados, e que os números e consequências da pandemia do novo coronavírus devem piorar muito nas próximas semanas.

O grupo de pesquisadores e estudantes coordenados pela USP e pela UnB, tem acertado as projeções sobre a doença desde o início da epidemia. O trabalho realizado pela equipe também projeta as estimativas de ocupação dos leitos de emergência e de UTIs nos estados. As projeções são dramáticas, segundo relatam os pesquisadores, que projetaram esse nível de detalhamento apenas para São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Ceará e Distrito Federal.

O estudo mostra, por exemplo, que no Maranhão, a despeito do número pequeno de casos notificados, é o estado que tem a maior discrepância com as projeções de casos subnotificados, em torno de 5.177,91%, segundo o estudo. No Pará essa diferença foi estimada em 3.613,87%, no Rio de Janeiro, em 1.427,5%; em São Paulo, 1.496,31%; e no Amazonas, 3.745,62%.

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Para estimar o número de casos subnotificados de infecção por coronavírus no Brasil, os pesquisadores fizeram uma modelagem reversa para superar a falta de dados sobre a doença no país devido à falta de testagem em massa.

INDICADOR

Os cientistas usaram como base de cálculo o número de mortes notificadas. Embora estas também sejam subnotificadas, é o indicador mais consolidado no país, explicou o cientista Rodrigo Gaete. Aplicaram a taxa de letalidade da Coreia do Sul e ajustaram os números à pirâmide etária do Brasil. A Coreia do Sul foi escolhida porque o país é um dos poucos com dados consolidados sobre testagem em massa desde os primeiros casos.

Os testes no Brasil têm sido realizados já em processo de agravamento da doença e não nos sintomas iniciais, explicam os pesquisadores. No fim, a taxa de mortalidade real para o Brasil seria de 1,08%, muito menor que a de 5,7% registrada oficialmente. “O número de mortos ainda assim é enorme, e deve ser ainda maior, porque o número real de infectados é muito grande”, destaca Rodrigo Gaete.

Considerando o número de 1.124 óbitos em 11 de abril e o valor ajustado estimado de população infectada, de dez dias antes, naquela data, dia 1° de abril, haveria 104.368 brasileiros com coronavírus, em vez dos 6.836 casos notificados. Isso dá um percentual de 93,45% de subnotificação.

Gaete acredita que Manaus vive o caos agora porque olhou para os números errados no início da epidemia. “Quando se pensava que tinha cerca de mil pessoas com o coronavírus, na verdade, já existiam 40 mil. Por isso, testes são essenciais, e o Brasil precisa desesperadamente fazer isolamento social se quiser evitar o colapso da rede de saúde e o caos”, adverte o pesquisador.

Medidas

O especialista em modelagem computacional Domingos Alves, integrante do grupo e líder do Laboratório de Inteligência em Saúde (LIS) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), diz que as medidas de distanciamento social tomadas por Rio de Janeiro e São Paulo ajudaram a evitar que o pico da doença acontecesse em abril e a ganhar algum tempo, mas não o suficiente para os estados se prepararem.

Ele observa que, conforme afirmou o ministro Luiz Henrique Mandetta, o pico dos casos deve acontecer em maio e junho, e haverá uma explosão de mortes, se o número de infecções continuar a crescer devido à redução do isolamento social daqueles que podem ficar em casa.

Medições

Desde o início da crise do coronavírus no Brasil, centros de pesquisas se uniram para analisar a dimensão dos efeitos da doença no país a partir de medições matemáticas.

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