Em tempos de pandemia, cerca de 40 pessoas, entre homens e mulheres, foram flagradas no início da tarde de ontem (10), dentro de um motel, na rodovia Mário Covas, em Ananindeua, curtindo uma festa reservada com direito a bebidas e drogas.
O grupo deu entrada no local por volta das 20h do dia anterior e pagou R$ 3 mil pela suíte presidencial. Após a descoberta, todos foram parar na delegacia.
“Recebemos uma denúncia informando sobre uma grande reunião de pessoas em um local. Imediatamente fomos averiguar e puderam comprovar. Era um ambiente com quase 40 pessoas confinadas consumindo bebida alcoólica e até mesmo drogas. Uma festa que eles chamam de ‘social’ numa época onde não pode haver mais de 10 pessoas em um local devido a um decreto estadual que regra esse tipo de situação”, explica Alexandre Calvino, delegado na Seccional Urbana da Cidade Nova, para onde o grupo foi conduzido.
Segundo Alexandre, foi identificado o uso de entorpecentes, pelo menos quatro tipos, entre eles, maconha, cocaína e ecstasy. “Eles também infringiram o Código Penal (artº 268) que tipifica essa conduta, que foi a infração de determinação do poder público de maneira a impedir a disseminação de doenças”, acrescentou.
Um inquérito policial foi instaurado, os participantes assinaram Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO) e os casos foram encaminhados ao Poder Judiciário. “Em caso de reincidência do descumprimento da ordem que impede a aglomeração, eles vão responder uma situação mais grave, podendo a autoridade determinar ou não o pagamento de fiança”, reforça Calvino.
Quando chegaram ao motel, policiais encontraram pessoas dormindo e outras se divertindo
Ainda de acordo com o delegado, as pessoas que estavam no motel que possuem idade entre 20 a 30 anos e são moradoras da Região Metropolitana de Belém teriam vindo de uma festa, o que ainda está sendo investigado. “E quando eles usam drogas, não tem limites. Quando o pessoal chegou lá, alguns estavam dormindo, outros se divertindo. Na revista pessoal, foi encontrada certa quantidade de entorpecentes”, completa.
O participante da festa que fez a reserva no motel foi identificado como ‘cabeça’ do grupo. “Infelizmente todo dia a gente recebe denúncias de aglomerações. Parece que as pessoas ainda não se conscientizaram, mas com a repercussão de situações como essa, o número vai diminuindo”, comenta o delegado.
Os primeiros a chegarem no motel foram guardas municipais que foram informados sobre uma festa às proximidades e que estaria incomodando moradores. “Pensávamos que era em uma casa. Quando fomos por trás do local, identificamos que o barulho vinha do motel. Pedimos para entrar devido ao som e ao chegarmos lá nos deparamos com todas as pessoas dançando e usando drogas. Na hora eles pareciam que não tinham entendido. Em seguida, acionamos a Polícia Civil”, acrescenta Carlos Wander, agente da Guarda Municipal. Os envolvidos preferiram não falar com a imprensa.
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