Valor do litro da gasolina está acima de R$ 4

Levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP) aponta que, em Belém, entre os dias 29 de março e 04 passado, a gasolina mais barata custava R$ 4,15 o litro. Já a mais cara era vendida por R$ 4,49 o litro. Na manhã de ontem, o DIÁRIO percorreu alguns postos de combustíveis da cidade e, em nenhum dos estabelecimentos visitados, o litro da gasolina estava custando abaixo de R$4,00.

O maior valor constatado pela reportagem entre os estabelecimentos visitados foi de R$4,49, em um posto localizado na avenida Duque de Caxias. Já o menor valor foi encontrado no posto localizado na travessa Mauriti, no bairro da Pedreira. Lá, o litro da gasolina custava R$4,09. Em outros locais de venda, o consumidor precisava desembolsar R$4,19 por litro do combustível, como era o caso de um posto na avenida Doutor Freitas.

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Luciano Holanda, que trabalha há 13 anos como gerente operacional de um dos postos de combustível, disse que o setor vem sofrendo com a ausência dos consumidores nas últimas semanas. Embora haja uma pequena redução nos valores, o setor continua perdendo vendas. “Aqui nós tivemos uma redução de 70% nas vendas totais dos combustíveis”, disse.

REDUÇÃO

Para Jhony Moraes, 47, que trabalha diariamente com seu veículo fazendo frete, foi uma surpresa encontrar, em Belém, o valor um pouco menor do que costuma pagar. “Já consegui ver sim, mesmo que bem pouca, quase nada, a redução em alguns postos. Mas geralmente são naqueles que ficam bem mais afastados do centro da cidade”.

Além da redução no preço da gasolina, a Petrobras anunciou, pela terceira, vez no dia 27/03 a queda no valor do preço do óleo diesel na refinaria. Entre os dias 17 e 21 de março, portanto, antes da redução, esse tipo de combustível era encontrado na cidade no valor médio de R$3,984. Durante a pesquisa de ontem, os preços verificados estavam entre R$3,35 e R$4,39. Já o maior e menor valor do preço do etanol encontrado foi de R$3,99 e R$3,74, respectivamente.

SITUAÇÃO NOS POSTOS

- Por meio de nota, o Sindcombustíveis-PA afirmou que a crise causada pela pandemia do novo coronavírus atinge fortemente os postos, que sentem suas vendas caírem em até 60%, e que os empresários já sentem as dificuldades para pagar as contas.

- O texto diz ainda que a “grande maioria dos postos já reduziu seus preços no intuito de vender mais, inclusive com redução de margem”. Porém, o sindicato lembra que o preço dos combustíveis está diretamente ligado ao preço praticado pelas distribuidoras, e que sua definição é livre para cada empresa.

- O sindicato defendeu, junto as distribuidoras e a ANP, “que as empresas que possuem contrato de exclusividade sejam liberadas para adquirir produto de qualquer distribuidora e não exclusivamente daquele as quais são vinculadas”, diz a nota. A medida permitiria uma melhor negociação de preços e, consequentemente, a redução ao consumidor, por conta do aumento na competitividade.