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Especialista reafirma que manter políticas de isolamento é fundamental

Para impedir que o coronavírus se espalhe cada vez mais e prejudique o sistema de saúde do Estado, a medida indicada pelo Estado é o isolamento social. Porém, muita gente defende a diminuição da quarentena ou o isolamento vertical. Mas até onde o não cump

Imagem ilustrativa da notícia Especialista reafirma que manter políticas de isolamento é fundamental camera Pelas ruas da capital, o movimento é crescente, o que preocupa as autoridades de saúde | Irene Almeida

Para impedir que o coronavírus se espalhe cada vez mais e prejudique o sistema de saúde do Estado, a medida indicada pelo Estado é o isolamento social. Porém, muita gente defende a diminuição da quarentena ou o isolamento vertical. Mas até onde o não cumprimento do isolamento pode afetar na curva de casos? Para entender melhor essa questão, o DIÁRIO conversou com um especialista sobre o tema.

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Chefe do Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente do Hospital João de Barros Barreto, em Belém, o infectologista Lourival Marsola, afirma que mandar as pessoas ficarem em casa, tem como objetivo não somente evitar que ela adoeça, mas para impedir a sobrecarga dos hospitais locais. “Ter um número de casos grande de uma vez é diferente de se ter o mesmo quantitativo, porém, distribuído em um tempo maior. Assim, se consegue atender melhor as pessoas”, afirma.

Segundo o infectologista, é importante que o isolamento social seja guiado também por um suporte adequado para que as pessoas possam sobreviver dentro do domicílio, garantindo renda e alimentação. “O que se tem colocado de forma exaustiva hoje é que as pessoas possam sair de casa somente para realizar atividades essenciais, mas também há aqueles grupos mais especiais que precisam evitar o contato e têm suas necessidades, e são carentes de um maior suporte”, explica.

O olhar cuidadoso para esse grupo é primordial para que eles não sejam acometidos pela enfermidade, mesmo estando em isolamento. “Muitas vezes o idoso ou o paciente com doença crônica está em casa seguindo as recomendações, mas existem pessoas da família que o colocam em risco ao voltar da rua trazendo para dentro de casa o vírus”, lembra o especialista.

O médico vê a quarentena como uma decisão difícil a ser tomada, por não haver ainda o conhecimento total do quadro evolutivo da pandemia. “Isso é algo difícil porque não sabemos prever o comportamento da pandemia no nosso país, estados e cidades. Eu não posso simplesmente limitar a movimentação de pessoas que precisam, por exemplo, do seu comércio e vivem disso. O que precisamos de fato é evitar as situações de grandes aglomerações”, avalia Lourival.

PICO

As ruas movimentadas nos últimos dias são é reflexo de que as pessoas ainda não tomaram ciência da questão do isolamento, e que coloca em risco todo o trabalho feito anteriormente para evitar a propagação do coronavírus, afirma o infectologista. “Vemos a cidade cada vez mais movimentada. As pessoas não entenderam que ainda estamos em um início da pandemia local, em ascendência cada vez maior. O sistema não vai ter condições de atender a todos. Por mais que se aumente o número de leitos, ainda sim corremos o risco de atingir o pico muito rápido devido o não cumprimento de isolamento”, diz.

Outra estratégia que ajudaria nesse maior controle do isolamento social seria a aplicação dos testes rápidos, avalia o infectologista. Mas com a grande demanda no mundo todo, os testes estão disponíveis apenas para os casos mais graves.

Enquanto isso, imensas filas em bancos e lotéricas

O tamanho das filas que têm se formado em frente às agências bancárias e casas lotéricas na Região Metropolitana de Belém chega a assustar nestes tempos de pandemia de Covid-19. Apesar da recomendação de que as pessoas evitem aglomerações para se prevenir, homens, mulheres e idosos estão se expondo a este risco todos os dias. A situação ficou ainda mais preocupante a partir da última semana, quando começou o período de pagamento de salários, aposentadorias e outros benefícios.

Nas lotéricas, distanciamentos não estavam sendo respeitados pelos clientes
📷 Nas lotéricas, distanciamentos não estavam sendo respeitados pelos clientes |Wagner Santana

“Vocês vieram agora, deveriam ter vindo mais cedo para ver como estava a fila quando eu cheguei, aqui, no final da manhã. Parecia o círio”, disse a auxiliar de almoxarifado Sandra Gomes, 42 anos. Já passava das 15h quando a reportagem chegou a agência bancária onde ela estava, na avenida Dom Vicente Zico, no conjunto Cidade Nova, em Ananindeua. “Eu cheguei aqui por volta de 11h30”, frisou. Sem máscara no rosto, ela disse que ninguém seguiu a orientação de manter uma distância mínima entre uma pessoa e outra. “Se você se afasta um metro, as pessoas tentam entrar para furar a fila”, pontuou.

HOSTILIDADE

Ainda na Cidade Nova, mas em outro banco que funciona no mesmo prédio de um supermercado, a aglomeração também era intensa. Muitas delas ainda sem máscaras. A presença da equipe chegou a incomodar a multidão. “A gente precisa do dinheiro para comer. Tem crianças em casa passando fome”, resmungou um homem que aparentava ter entre 55 e 60 anos de idade.

A redução do horário de funcionamento foi uma alternativa para que os bancos e instituições financeiras se adequassem nas medidas de combate a Covid-19. Nas casas lotéricas também há registro de tumultos, filas e aglomerações. A reportagem percorreu alguns destes estabelecimentos e também foi hostilizada por algumas pessoas.

Nos bancos, período de pagamentos aumentou filas
📷 Nos bancos, período de pagamentos aumentou filas |Irene Almeida

Na unidade que funciona no Terminal Rodoviário de Belém, em São Brás, apenas uma mulher, que não quis se identificar, aceitou conversar com a equipe. “Eu só parei aqui porque não vi a fila tão grande e vi que as pessoas estavam distantes umas das outras”, disse. “A milha filha me pediu para baixar o aplicativo do banco e pagar pelo celular, mas eu não confio neste sistema”, ressaltou.

Também há filas e tumultos em estabelecimentos que mantêm caixa de banco 24 horas que geralmente têm funcionamento em redes de farmácias e de supermercados.

Bares e restaurantes permaneceram fechados na noite desta segunda-feira

Com o avanço dos casos de pessoas com Covid-19 no Pará, é possível ver bares e lanchonetes na capital paraense, antes abertos quase 24h, já atendendo às recomendações e ordens dadas pelo Governo do Pará. Na noite de ontem (6), vários estabelecimentos nos bairros de São Brás, Marco e Pedreira, por exemplo, estavam com as portas fechadas.

Locais permaneceram fechados por conta das medidas de isolamento
📷 Locais permaneceram fechados por conta das medidas de isolamento |Wagner Almeida

O cenário é um tanto estranho para quem é acostumado ver esses locais em funcionamento constante, porém, a medida adotada pelas autoridades estaduais tem como principal objetivo evitar a aglomeração de pessoas.No bairro de São Brás, proprietário de um bar de grande movimento aproveitou o período para reformar o estabelecimento. Outro, fechou porque além da ordem, a clientela caiu bastante. Por outro lado, algumas lanchonetes encontradas pela reportagem funcionando no bairro do Marco, o atendimento era no lado externo ou mesmo interno, porém, somente venda para viagem do alimento e com pouco tempo de espera, já que a demanda era menor e a fila quase inexistente.

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