Semana Santa deve ser celebrada mesmo no isolamento

A pandemia do novo coronavírus levou a elaboração de um decreto com indicações gerais a serem seguidas na organização de celebrações que vão desde o Domingo de Ramos ao Domingo de Páscoa. Por conta disso, a procissão do Domingo de Ramos, que seria realizada neste domingo (5,) lembrando a entrada de Jesus em Jerusalém, não ocorrerá e os rituais que marcam essa data serão feitos dentro das igrejas, que estarão de portas fechadas, sem a presença de fiéis, que serão orientados a acompanhar através dos meios de comunicação da Arquidiocese.

O cônego Roberto Emílio Cavalli Júnior, da Cura da Sé, ressaltou que esse momento litúrgico marca a chegada de Jesus a Jerusalém, aclamado pelo povo, segurando os ramos e com as festas, que tem seu ponto mais importante na noite de Páscoa, porque Jesus ressuscitou.

Essa é uma das celebrações mais importantes para a Igreja Católica. E, em Belém, ela ocorrerá na Igreja da Sé, sob o comando do arcebispo metropolitano de Belém D. Alberto Taveira, mas sem a participação da população. “A igreja estará de porta fechada, por isso estamos trabalhando a conscientização das pessoas para ficarem em suas casas e acompanharem esse momento pelos nossos canais de comunicação”, enfatizou o cônego.

Além disso, destacou que mais do que nunca “continua sendo importante dedicar um tempo adequado à oração, valorizando principalmente a Liturgia”.

Páscoa

O cônego afirmou ainda ser fundamental que as pessoas se adequem a essa realidade momentânea e possam manter a essência da Páscoa. “Esse é um momento de renovação, que precisamos estar focados em três palavras principais que são: a fé, a esperança e o amor. É preciso aprofundar a fé, especialmente por conta desse momento que estamos passando (de pandemia) que está afetando o mundo. É preciso ter esperança e confiar no Senhor. E, principalmente, é preciso ter amor a Deus, a si mesmo e ao próximo e se manter em isolamento”.

Aqui, como em todo mundo, o cônego afirma que está sendo seguida a orientação de um decreto, que orienta para que as celebrações litúrgicas da Semana Santa sejam realizadas sem a presença de fiéis.

Algumas mudanças

O Domingo de Ramos recorda a entrada de Jesus em Jerusalém. A celebração dá início a Semana Santa.

Na Arquidiocese de Belém a celebração do Domingo de Ramos (05) será presidida sem procissão e sem a participação dos fiéis. O arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, presidirá às 8h30, na Catedral. Já às 12h a celebração será presidida pelo bispo auxiliar, Dom Antônio de Assis Ribeiro, na Capela da Residência Episcopal. As duas serão transmitidas pela TV Nazaré e redes sociais. Haverá celebração também nas paróquias, as quais, na medida do possível, transmitem por suas redes sociais.

Nas missas transmitidas pela TV Nazaré, assim como nas missas das paróquias, transmitidas pelas redes sociais, haverá a bênção dos ramos.

Missa do Crisma

A Missa do Crisma, tradicionalmente realizada na Quinta-feira Santa, este ano será celebrada na segunda-feira (06) às 8h30, na Catedral Metropolitana, presidida pelo arcebispo Dom Alberto Taveira e concelebrada pelo bispo auxiliar Dom Antônio de Assis Ribeiro e clero arquidiocesano. A celebração não terá a participação dos fiéis e os sacerdotes em situação de risco estão dispensados.

Na celebração do Crisma ocorrem dois momentos importantes, a renovação dos compromissos sacerdotais e a bênção dos Santos Óleos, por isso a Santa Missa é conhecida também como Missa dos Santos Óleos.

Renovação dos compromissos sacerdotais

É o momento no qual os padres reafirmam, perante o arcebispo e assembleia, os seus compromissos sacerdotais. Também nesta celebração os fiéis (desta vez de suas casas) professam o compromisso de rezar pelo clero, especialmente por seu arcebispo, por isso esta celebração também é chamada de Missa da Unidade da Igreja.

Santos Óleos

Na celebração é abençoado os óleos dos catecúmenos e dos enfermos e consagrado o Óleo do Santo Crisma. Os óleos serão utilizados em todas as paróquias durante o ano litúrgico para os sacramentos do batismo, crisma, ordem e unção dos enfermos.

Como acompanhar?

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FONTE: Arquidiocese de Belém