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SAÚDE EM RISCO

Isolamento social é desrespeitado em Belém

O crescimento do número de casos registrados de pessoas infectadas pelo novo coronavírus no Pará – que chegou a 75 esta semana e registrou a primeira morte - parece não estar mais assustando a população do Estado. Apesar do apelo do governador do Pará, na

Imagem ilustrativa da notícia Isolamento social é desrespeitado em Belém camera Na Avenida Presidente Vargas, a movimentação em nada lembra o período de recolhimento por causa da pandemia. | Mauro Ângelo

O crescimento do número de casos registrados de pessoas infectadas pelo novo coronavírus no Pará – que chegou a 75 esta semana e registrou a primeira morte - parece não estar mais assustando a população do Estado. Apesar do apelo do governador do Pará, na última quinta-feira (2) para que todos se mantenham em isolamento social, o número aparente de pessoas nas ruas tem aumentado a cada dia.

No bairro da Pedreira, onde existe uma área de comércio intensa, com feiras, supermercados e lojas, o número de pessoas circulando, aos poucos, está voltando ao normal.

Na Avenida Pedro Miranda, a circulação de pessoas também tem sido intensa nos últimos dias.
📷 Na Avenida Pedro Miranda, a circulação de pessoas também tem sido intensa nos últimos dias. |Mauro Ângelo

Dono de uma lanchonete, na Avenida Pedro Miranda, uma das principais vias do bairro, José Maria Cardoso afirma que tem seguido todas as orientações preventivas contra a pandemia. “Retirei as mesas e cadeiras, como orientou a polícia, e só vendo para quem leva para consumir fora daqui ou por meio de entrega em domicílio”, conta.

Ainda assim, Cardoso viu suas vendas caírem, em média, 60% nas últimas semanas. “Estou na luta para manter meus nove funcionários e cumprir com todas as minhas obrigações. Não tem sido fácil, mas estou conseguindo por enquanto”, diz o comerciante.

Apesar da queda nas vendas, ele afirma que o número de pessoas circulando pelas ruas do bairro está praticamente normal. “Sei de muitos estabelecimentos por aqui que estão fechados, mas também vejo muita gente andando por aqui, normalmente”.

Praça da República

Em outro ponto da cidade, a Praça da República, apesar de um número menor de pessoas circulando, aparentemente, ainda é possível ver pessoas que se arriscam, inclusive, passeando com crianças ou somente para se exercitar, totalmente alheias ao pedido para se manterem em casa.

Na Praça da República, a situação se repete no calçadão.
📷 Na Praça da República, a situação se repete no calçadão. |Mauro Ângelo

Por outro lado, a vendedora de coco Ana Carolina Rodrigues, que trabalha na praça, diz que as vendas caíram bastante nas últimas semanas. “Antes dessa questão do coronavírus, chegava a vender cerca de 20 cocos por dia. Atualmente, o máximo que consigo é cinco”, reclamou ela, que garantiu ainda manter a venda, por ser essa a única fonte de renda da família.

Queda nas vendas

Para o também vendedor de coco Guilherme Neves, que há três décadas trabalha na área, as vendas caíram, como ele nunca tinha visto antes, mas no último domingo (29) tiveram uma melhora. “Durante a semana está muito ruim, antes vendia uma média de 30 cocos e agora apenas cinco. Mas aos domingos, quando algumas pessoas vêm para a praça, as vendas dão uma melhorada”, contou ele, que garante estar tendo todos os cuidados para se prevenir contra o coronavírus.

Centro Comercial

No Centro Comercial de Belém, grande parte das lojas está abrindo as portas. Mas algumas, principalmente aquelas cujos proprietários são chineses, encontraram uma forma de atender as pessoas e, ao mesmo tempo, evitar aglomeração dentro dos estabelecimentos. Para isso, somente uma pequena porta é aberta e o vendedor vai até ela atender aos clientes, que permanecem do lado de fora, de onde dizem o que querem comprar e aguardam o vendedor trazer.

Presidente Vargas

Na Avenida Presidente Vargas, no centro da capital, o movimento de pessoas continua intenso, apesar das grandes redes de lojas permanecerem de portas fechadas.

Feira do Açaí

Na Feira do Açaí, um dos principais pontos de venda do produto, no complexo do Ver-o-Peso, poucas pessoas circulavam no local, em comparação aos dias normais. As barracas de venda de produtos, especialmente alimento, estão abertas, mas sem vender nada. “Estamos aqui apenas para garantir que ninguém roube o nosso material, mas não podemos vender nada. Estou muito preocupada com isso, porque preciso pagar o quarto onde moro”, contou Neire Silva, que há mais de 30 anos trabalha no local.

Estado pode tomar medidas mais duras

Com o aumento visível de pessoas circulando pelas ruas da cidade, o governador Helder Barbalho resolveu esta semana chamar atenção para a obediência às orientações de isolamento social. “Eu queria fazer um apelo, mais uma vez. Eu estou muito preocupado. Eu percebo uma movimentação maior de pessoas nas ruas. Nós estamos vendo os números de casos aumentarem. Assim, vamos nos expor ao contágio coletivo. Cada um tem que ter consciência. Acho que estamos correndo um risco enorme. Eu entendo a dificuldade das pessoas, mas é o que eu digo: sai, vai resolver o que tem que resolver e volta logo para casa, não fica circulando por aí”, disse o governador, que ressaltou que, se for necessário, vai endurecer as medidas para obrigar que as pessoas fiquem em casa.

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