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Setransbel busca solução para prejuízo no transporte urbano

Se até o próximo dia 5 de abril não houver uma solução que auxilie o equilíbrio financeiro das empresas de transporte de passageiros de Belém, o sistema entrará em colapso, sem recursos sequer para honrar a folha de pagamento de março, que vence na primei

Imagem ilustrativa da notícia Setransbel busca solução para prejuízo no transporte urbano camera Com frota de ônibus reduzida a 30% na Grande Belém, empresários estimam perdas de R$ 500 mil por mês e tentam evitar demissões. Coletivo passa por higienização para evitar contaminação dos poucos usuários que circulam durante o isolamento. | Mauro Ângelo

Se até o próximo dia 5 de abril não houver uma solução que auxilie o equilíbrio financeiro das empresas de transporte de passageiros de Belém, o sistema entrará em colapso, sem recursos sequer para honrar a folha de pagamento de março, que vence na primeira semana de abril, que inicia amanhã, segundo informações do Sindicato das Empresas de Transporte de Belém (Setransbel).

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De acordo com o sindicato, a frota das 19 empresas que circulam na Região Metropolitana de Belém é de cerca de 1,8 mil veículos, mas apenas cerca de 30% (700 veículos) estão em circulação, desde que o decreto de isolamento social pelo Governo do Estado entrou em vigor, por causa da pandemia do novo coronavírus. Dos 10 mil empregados diretos do sistema, apenas 2,8 mil estão trabalhando, a grande maioria motoristas e cobradores. Por dia, no movimento normal, 45% da receita das empresas é destinado ao pagamento de pessoal. Hoje o faturamento diário está em torno de R$ 680 mil.

“Só com despesa de pessoal com esses 10 mil trabalhadores que mantemos é de R$ 1 milhão por dia, além de R$ 230 mil com gasto de diesel para esses 30% que ainda circulam. O prejuízo diário é de mais de R$ 500 mil”, contabiliza Paulo Gomes, presidente do Setransbel.

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O empresário disse que o setor só está suportando esse prejuízo porque quase a metade da despesa é com a folha de pagamento, que é honrada no quinto dia útil de cada mês. “Só que chegaremos ao quinto dia útil de abril sem recursos suficientes para arcar com a nossa folha”, antecipa Gomes.

ALTERNATIVAS

O setor trabalha com três alternativas possíveis: a primeira delas é a edição e uma Medida Provisória onde o Seguro-Desemprego custeie o salário dos trabalhadores durante a quarentena. A segunda é a prefeitura aprovar um Projeto de Lei na Câmara Municipal permitindo que o município custeie o salário de motoristas e cobradores por quatro meses para permitir o equilíbrio financeiro do sistema e a população não seja prejudicada, a exemplo do que ocorreu no município de São Paulo.

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A terceira alternativa é abrir um diálogo com o Sindicato dos Rodoviários permitindo redução de jornada e de salário para evitar demissões em massa. “Nada ainda está fechado. Estamos desde a semana passada dialogando com todas as partes para tentar achar uma solução”, diz Paulo Gomes.

O transporte coletivo, segundo ele, reflete a realidade na economia das cidades. “Quando menos pessoas são transportadas, todos os outros segmentos também são impactados, já que a maioria da população utiliza o ônibus como principal meio de transporte. Por isso, o ônibus é tão essencial quanto serviços de saúde e segurança, por exemplo”. continua o presidente.

Gomes lembra ainda que, diferentemente de outros segmentos, as empresas de ônibus não deixam de operar quando o movimento reduz. “Nosso serviço é essencial, já que é necessário transportar os passageiros que diariamente precisam estar em circulação”.

Acontece que as empresas amargam grandes prejuízos e, para reverter essa situação, o presidente do Setransbel afirma que há necessidade de medidas econômicas que garantam a manutenção dos 10 mil empregos gerados pelo serviço. “Hoje a maior preocupação é a iminente paralisação do setor, como prevê a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU)”, diz.

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