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Belém: passageiros temem contágio por aglomerações em ônibus 

Um dia após a confirmação do primeiro caso de Covid-19 no Pará, as ações de prevenção e orientação devem ficar ainda mais intensas em todas as regiões do Estado. Em Belém, por exemplo, já é possível observar as pessoas que precisam caminhar pelas ruas ade

Imagem ilustrativa da notícia Belém: passageiros temem contágio por aglomerações em ônibus  camera Alguns passageiros e motoristas passaram a usar máscaras, a fim de reforçar a proteção contra o novo coronavírus | Ricardo Amanajás/Diário do Pará

Um dia após a confirmação do primeiro caso de Covid-19 no Pará, as ações de prevenção e orientação devem ficar ainda mais intensas em todas as regiões do Estado. Em Belém, por exemplo, já é possível observar as pessoas que precisam caminhar pelas ruas aderindo medidas protetivas contra o vírus. O DIÁRIO fez uma ronda em parte da capital paraense para conversar principalmente com trabalhadores e usuários de transporte público que diariamente ficam mais expostosas formas de contágio.

No terminal do Maracacuera, um dos principais pontos de embarque e desembarque de passageiros que fazem a integração de linhas do sistema BRT que circulam pelos distritos de Icoaraci e Outeiro, um grande número de pessoas se aglomera e fica em longas filas à espera dos ônibus, situação que é trabalhada por todos os órgãos de saúde para que seja evitada.

O fotógrafo Ednei Marcelo, 40, era uma dessas pessoas que esperava o veículo que seguiria viagem em direção a Icoaraci. Para ele, a longa demora no embarque pode acabar contribuindo para a contaminação pela Covid-19. “Mesmo antes dessa situação, aqui já era um caos. Falta mais organização que venha também ajudar a resguardar nossa saúde”, reclamou.

Alguns passageiros e motoristas passaram a usar máscaras, a fim de reforçar a proteção contra o novo coronavírus
📷 Alguns passageiros e motoristas passaram a usar máscaras, a fim de reforçar a proteção contra o novo coronavírus |Ricardo Amanajás/Diário do Pará

Perguntado sobre a oferta de um dos produtos que ajudam na higienização das mãos, Ednei disse sentir falta de dispensadores de álcool em gel nas estações, terminais e interior dos ônibus. “Infelizmente isso não está sendo ofertado para nós, mas já não temos um transporte adequado, imagine álcool em gel a nossa disposição”, observou.

PREVENÇÃO

Quem também trabalha dentro dos transportes público tem adotado medidas por conta própria. Alguns motoristas, na tentativa de se proteger, aderiram ao uso das máscaras como forma de prevenção, mas ainda temem ser infectados. “A gente tem de começar a se proteger como der, já que não podemos parar de trabalhar. Espero que essa situação acabe logo, já que a empresa não vem nos dando suporte”, disse um motorista.

Em nota, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) informou que todas as empresas que operam o sistema de transporte coletivo de Belém foram notificadas no sentido de tomarem as devidas providências quanto ao cumprimento das determinações estabelecidas no decreto municipal, especialmente quanto a higienização dos veículos antes da realização de cada viagem.

Na próxima semana, a Semob começará a fiscalização nos finais de linha e quem não estiver cumprindo o decreto será autuado administrativamente, com aplicação de multa. Além disso, apesar de não constar no decreto, a Semob informou que está reforçando as equipes de limpeza diárias para aumentar a manutenção nas estações e terminais do BRT, uma vez que esses locais possuem grande circulação de pessoas.

A Prefeitura de Belém também irá fixar cartazes dentro dos ônibus com orientações de prevenção contra a transmissão do novo coronavírus.

Motoristas trafegam com janelas abertas

Oferecer um bombom e perguntar qual tipo de música gosta de ouvir não é mais o diferencial do serviço de transporte de passageiros por aplicativos. Os clientes, agora, querem saber se tem álcool em gel e quando foi feita a higienização mais recente dos veículos. O mesmo tem se aplicado nas corridas de táxis, em Belém. A pandemia do novo coronavírus mudou o comportamento de usuários e motoristas que estão atentos aos riscos de contaminação. As empresas de aplicativos já divulgaram uma série de recomendações sobre como os serviços devem ser oferecidos. E outro detalhe é que o número de corridas também diminuiu, segundo os condutores.

O taxista Odair Aguiar usa álcool em gel para higienizar seu carro
📷 O taxista Odair Aguiar usa álcool em gel para higienizar seu carro |Wagner Santana

O ar-condicionado também foi deixado um pouco de lado e a preferência é por seguir viagem com as janelas abertas. As mudanças partiram também dos próprios motoristas que estão preocupados com a saúde deles e dos familiares. “Eu sempre andei com álcool em gel no carro e, agora, mais que nunca isso tem sido importante”, disse o taxista Odair Aguiar, 46, que atua há 12 anos.

Como ele faz ponto próximo a um supermercado, ainda não sentiu diminuir o número de corridas. “As pessoas estão vindo muito ao estabelecimento para garantir que não falte alimento nos próximos dias”, frisou. De acordo com ele, os passageiros questionam bastante sobre quando a última limpeza no veículo foi feita.

PREJUÍZO

Já o motorista de aplicativo Anderson Peres frisou que o número de corridas tem reduzido bastante nos últimos dias. “O que consegui fazer de dinheiro, ontem, não deu para garantir o da gasolina para circular com o carro”, pontuou. Ele tem evitado fazer corridas próximas ao aeroporto para diminuir o risco de contaminação. “Posso dizer que a jornada de trabalho tem diminuído também. Tenho tentado circular por localidades em que eu tenha pessoas conhecidas solicitando o serviço”, completou.

No carro dele não falta álcool 70% em spray e toalhas de papel. Utiliza isso para limpar os bancos áreas onde os clientes costumam tocar durante a corrida. A preocupação dele é que com a demanda de trabalho diminuindo, os boletos vão chegar e o orçamento estará prejudicado. “Já penso em procurar o gerente do banco para negociar juros, se for necessário”, acrescentou.

Preocupado com a saúde da mãe, que já é idosa, o motorista de aplicativo Bruno Rafels decidiu suspender as atividades por alguns dias. Ele teme que possa ter contato com alguém infectado e acabe transmitindo o coronavírus para a mãe. “Um amigo rodou das 5h às 16h e teve somente

Mudanças de hábito

- Nos sites das duas principais empresas de transporte de aplicativos que atuam em Belém, há recomendações para motoristas e passageiros.

- No geral, as orientações se restringem a higienização do veículo, uso de álcool em gel e em caso de tosse ou espirro fazer isso na dobra do braço (cotovelo).

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