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NOVO CORONAVÍRUS

Bares e restaurantes de Belém já sentem os efeitos da Covid-19

A rotina da vida noturna em Belém está mudando. Mesmo durante o dia, bares e restaurantes começam a perceber os impactos da crise de saúde mundial provocada pela Covid-19. Medidas como disponibilidade de álcool em gel à clientela, o espaço de, no mínimo,

Imagem ilustrativa da notícia Bares e restaurantes de Belém já sentem os efeitos da Covid-19 camera A Estação das Docas, um dos principais pontos turísticos da cidade, estava quase vazia ontem | Celso Rodrigues

A rotina da vida noturna em Belém está mudando. Mesmo durante o dia, bares e restaurantes começam a perceber os impactos da crise de saúde mundial provocada pela Covid-19. Medidas como disponibilidade de álcool em gel à clientela, o espaço de, no mínimo, um metro de distância entre as mesas e até a redução no quadro de funcionários são as principais alterações feitas pelos empresários. Alguns já calculam que, após medidas rigorosas tomadas pelos governos e o primeiro caso confirmado no Pará, somente esta semana houve queda de até 80% nas vendas. Isso porque a maioria dos locais é fechada e as pessoas evitam aglomerações como medida de prevenção, mas até mesmo pontos abertos, onde o público pode ficar ao ar livre, são afetados.

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A Estação das Docas, por exemplo, um dos principais pontos turísticos da capital, está irreconhecível. O estacionamento, os restaurantes e a própria orla estavam vazios desertos ontem. “O movimento começou a cair desde a segunda-feira, tanto no almoço quanto no jantar. As pessoas estão com medo por causa da doença. Em outros dias normais, mesmo sendo quarta, essa área aqui de fora estaria cheia. Acredito que houve queda pelo menos de metade”, afirmou Marcos Cruz, atendente de restaurante.

Movimento cai até 80% em alguns estabelecimentos espalhados pela capital. Apesar das medidas de prevenção tomadas pelos empresários, o público tem se afastado mais a cada dia
📷 Movimento cai até 80% em alguns estabelecimentos espalhados pela capital. Apesar das medidas de prevenção tomadas pelos empresários, o público tem se afastado mais a cada dia |Celso Rodrigues

Segundo o funcionário de outro estabelecimento, os donos de restaurantes na Estação devem se reunir para avaliar o movimento e até a possibilidade de outras medidas mais rigorosas. “Está sendo disponibilizado álcool em gel, a recomendação de lavar constantemente as mãos e evitar o contato muito próximo, mas se continuar assim, eles [empresários] devem fechar os restaurantes por um tempo”, comenta.

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Há seis meses trabalhando como serviços gerais na Estação, Davi Trindade já teme o futuro. “A gente que depende do trabalho fica preocupado porque nossa rotina mudou. O movimento está bastante fraco. E se o patrão não ganhar, pode atingir a gente”, comentou.

CENÁRIO DE MEDO

Além dos bares e restaurantes, as ruas estão mais vazias. Durante o dia, mesmo em horários de ‘pico’, o trânsito está fluindo melhor. À noite, o movimento cai ainda mais. O motorista Alex Costa, 30, e a estudante Paula Sampaio, 27, acompanham diariamente todas as informações dos órgãos oficiais de saúde que são divulgados pela imprensa. Para ela, o cenário é preocupante e requer inúmeros cuidados. “Por isso, decidimos vir passear ao ar livre, como a Estação, evitar lugares fechados. Assim que chego em casa, lavo minhas mãos, tomo banho e troco imediatamente de roupa”, revelou. “Eu evito saudações e abraços. No trabalho e em casa, álcool em gel sempre”, acrescentou ele.

De acordo com o empresário Rafael Oliveira, dono de um bar e restaurante há 15 anos localizado na avenida Marquês de Herval, no bairro da Pedreira, desde o último domingo (15) ele passou adotar algumas medidas práticas para a clientela. Além da disponibilidade do álcool em gel em todas as colunas do estabelecimento, que é aberto, as mesas foram afastadas em um metro de distância - antes era de apenas 30 cm. “A medida agora é preventiva. Na prática, as pessoas estão se afastando. Percebi isso desde domingo. E a cada dia que passa, o número cai ainda mais. Hoje [ontem], pelo horário [20h30] calculo uma queda de 80%.” Caso a situação se agrave, pensa em adotar outras medidas. “O jeito é dar férias para a metade dos funcionários, vai depender das vendas. Como não estamos dentro do cenário que reúne 500 pessoas, nem o lugar é fechado, só iremos fechar se vier uma ordem. O fato é que a gente não sabe o dia de amanhã”, completou.

O gerente de uma hamburgueria no bairro do Umarizal revelou que a rotina mudou. Desde ontem, começou um rodízio entre os funcionários. Dos seis atendentes que costumam ficar no salão todas as noites, metade deles está de folga. Ontem havia apenas dois clientes à noite. “Em outros tempos, a casa estava cheia. Vamos ver como vai ser este final de semana, que geralmente costuma fazer fila do lado de fora. Se continuar nesse ritmo,a gente vai ter de fechar”.

O Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Pará (SHRBS-PA) informou, por meio de nota, que tem acompanhado os protocolos de segurança para evitar o risco de contágio pelo coronavírus.

A entidade dialoga com os associados sobre as medidas que estão sendo adotadas pelos estabelecimentos e se estes estão de acordo com o recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. “O SHRBS-PA não realizou nenhum estudo sobre os impactos que o período de quarentena poderá trazer para o setor de alimentação fora do lar, haja vista que caberá aos empresários determinar se haverá alterações nos horários e dias funcionamentodos estabelecimentos.”

O sindicato orientou o afastamento de trabalhadores que apresentem sintomas de virose e que estes apresentem o atestado ou laudo médico. Hoje de manhã, o sindicato falará à imprensa sobre os impactos no movimento e mudanças de serviços e comportamentos nos estabelecimentosde alimentação fora do lar.

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