Paraense relata medo do coronavírus na Irlanda: "Não há máscaras e álcool em gel aqui faz tempo"

O pânico mundial em torno do coronavírus levou ao cancelamento da homenagem a St. Patrick (São Patrício), santo padroeiro da Irlanda, em Dublin – e outras festas programadas ao redor do mundo também correm o risco de serem canceladas.

Na Irlanda, todas as festividades foram canceladas, o que deve levar a demissões em hotéis e restaurantes. A última vez que isso aconteceu no país foi em 2001, em meio a uma epidemia da doença de mão, pé e boca, um vírus infantil que causa feridas no corpo. No ano passado, mais de 2 milhões de pessoas foram às ruas para participar das festas.

A advogada paraense Mariane Batista, que vive na Irlanda, país afetado pelo novo coronavírus na Europa, afirma que se sente em meio ao caos após vivenciar a doença se espalhar na região. Em entrevista ao DOL nesta quinta-feira (12), ela conta que o país está em alerta total por causa da doença.

"Além de suspederam o Saint Patrick Day, algumas faculdades e escolas estão fechando temporariamente. A minha talvez feche. Uma pessoa morreu ontem aqui por causa do coronavírus e o número de casos dobrou. Estão aconselhando a gente a estocar comida, caso haja a necessidade de ficarmos em quarentena. Hoje vou fazer compras pra ficar em casa um mês se for preciso.", relata.

Escassez de equipamentos de prevenção e mudança de rotina

"Uma vendedora teve a audácia de tentar me vender uma máscara por 60 euros. Sendo que o preço normal é 7 euros. Uma das minhas amigas mais proximas foi testada ontem para saber se está com o Corona. Amanhã saberemos o resultado. Eu estive com ela e não parecia muito doente, mas o médico recomendou que ela ficasse em isolamento. Aqui em Dublin não se encontra quase nenhum produto no mercado ao final do dia e algumas empresas como Google e Accenture liberaram os funcionários para trabalharem de casa", finaliza.