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VIOLÊNCIA

Metade das mulheres agredidas depende dos companheiros

Dados divulgados esta semana pela Promotoria de Justiça de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da capital confirmam o que muitos já sabiam, grande parte das mulheres que sofrem violência doméstica dependem financeiramente dos ma

Imagem ilustrativa da notícia Metade das mulheres agredidas depende dos companheiros camera Os casos se concentram em 3 bairros, segundo o levantamento | Maycon Nunes/Arquivo

Dados divulgados esta semana pela Promotoria de Justiça de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da capital confirmam o que muitos já sabiam, grande parte das mulheres que sofrem violência doméstica dependem financeiramente dos maridos e companheiros. Esse é o perfil de 50% das mulheres que procuram a Promotoria da Mulher, em Belém, em busca de atendimento.

O levantamento aponta ainda que elas têm acima de 40 anos e pelo menos um filho com o agressor, o que agrava ainda mais a saída da relação. As vítimas relataram ainda que as agressões são frequentes e que a maioria delas acontece dentro de casa. O levantamento aponta ainda que muitas vezes elas tentam sair da relação, porém, acabam sendo convencidas pela família a se reconciliar com o agressor.

Agressores

Os dados também revelam o perfil dos agressores. A maioria também está na faixa entre 40 e 55 anos. No quesito escolaridade 37% deles possuem nível fundamental incompleto e não são casados com a vítima. Na maior parte dos casos relatados, são eles que sustentam a casa, ganhando até 2 salários mínimos. 49% dos casos de agressão são praticados contra a ex-mulher ou ex-companheira. As agressões ocorrem principalmente em bairros periféricos da capital como Guamá, Pedreira e Terra Firme. A grande maioria das agressões ocorre no período da noite, por volta de 18h e 00h.

Os dados são baseados em 5.179 atendimentos realizados na Promotoria de Justiça de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, na capital. Porém, pelo menos 40 mil processos e procedimentos de violência doméstica e familiar contra a mulher tramitaram nas Promotorias de Justiça do MPPA no ano de 2019.

Agressões

Vítimas têm acima de 40 anos e pelo menos um filho com o agressor.

As agressões são frequentes e que a maioria delas acontece dentro de casa.

Muitas vezes as vítimas tentam sair da relação, porém, acabam sendo convencidas pela família a se reconciliar com o agressor.

A maioria das agressões ocorre por volta de 18h e 00h.

Violência doméstica é tema de Encontro de Mulheres Policiais

Denilson d’Almeida

A violência doméstica foi o principal tema discutido do 3° Encontro de Mulheres Policiais da Polícia Militar do Pará, ontem (6), na sede do Comando Geral, em Belém. A roda de conversa encerrou, na verdade, a programação alusiva ao Dia Internacional da Mulher, e propôs uma maior integração entre efetivo feminino, que representa 10% do total de policiais militares do Estado. No total são 1.597 mulheres na PM. Entre as autoridades convidadas para o evento estava a deputada federal Elcione Barbalho, que preside a Comissão Mista Permanente de Combate à Violência contra a Mulher do Congresso Nacional. Ela também é presidente do MDB/Mulher no Pará e presidente de honra do MDB/Mulher Nacional

Outras autoridades que participaram da mesa de debates foram a coordenadora Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Estado, Riane Freitas; e a diretora da Secretaria da 3ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher na Capital, Ariani Pratti. O encontro de mulheres policiais é um projeto que tem servido de instrumento para que elas possam buscar melhores condições de trabalho no quartel e unidades da PM.

Durante oevento, a deputada Elcione Barbalho falou do projeto que prevê o atendimento às vítimas baseado no acolhimento das mulheres em situação de violência.
📷 Durante oevento, a deputada Elcione Barbalho falou do projeto que prevê o atendimento às vítimas baseado no acolhimento das mulheres em situação de violência. |Irene Almeida

“O encontro visa integrar o nosso efetivo de quase 1600 policiais mulheres”, frisou a major PM Lidiane Baía, que esteve à frente da organização do evento. A militar pontuou que as policiais têm conseguido inúmeras realizações desde que passaram a fazer parte da corporação, em 1982, mas que ainda há outros espaços a serem conquistados. “Já foi conquistado equipamentos e locais de trabalho adequados à nossa condição de mulher. Antes não havia banheiros femininos e masculinos, era somente um tipo. Hoje já temos mulheres PM’s exercendo funções de comando de unidades”, ressaltou a oficial.

Um dos pontos de debate foi a Lei Maria da Penha, já em vigor no Brasil, e também o Projeto de Lei nº 6.298/2019 de autoria da deputada federal Elcione Barbalho, que está tramitando no Congresso Nacional.

O PL proposto pela parlamentar estabelece a aplicação do Formulário Nacional de Risco e Proteção à Vida (Frida) nos atendimentos às mulheres vítimas de violência doméstica em delegacias, promotorias de Justiça, defensoria pública e unidades de saúde. “Hoje estou aqui como mulher, não como deputada, parlamentar ou qualquer autoridade. Vim para conversar como mulher e com mulheres”, ponderou Elcione, durante a sua fala na mesa de debates.

Um dos principais pontos que ela defende por meio do projeto, e também na roda de conversa, é fomentação da articulação do trabalho em rede dos serviços de atendimento às vítimas, baseado no acolhimento das mulheres em situação de violência. Além da prevenção de feminicídios e fundamentação das medidas protetivas. Por falar em feminicídio, um vídeo produzido pelas mulheres policiais apresentou dados de violência doméstica, entre eles, o de 47 feminicídios registrados, no ano passado. Índice ressaltado por Riane Freitas durante os debates. “Ainda precisamos falar muito sobre violência contra a mulher e sobre o papel delas na sociedade”, destacou.

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