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DESCASO

Lixo invade Mosqueiro e pessoas não tem o que comemorar neste carnaval

Pelas ruas do distrito, o que mais se vê são acúmulos de lixo e entulhos

Imagem ilustrativa da notícia Lixo invade Mosqueiro e pessoas não tem o que comemorar neste carnaval camera Wagner Santana/Diário do Pará

O DIÁRIO esteve na ilha e constatou como a ausência da administração municipal prejudica os moradores, às vésperas de um período de grande movimento. Muito lixo, lama e obras paradas por todo lado

Distante apenas 70 quilômetros do centro de Belém, o distrito de Mosqueiro é destino certo para muita gente nos feriados prolongados, sobretudo no Carnaval. A poucos dias do feriado caracterizado pela alegria, porém, o cenário encontrado na ilha está longe de ser o mais animador. O DIÁRIO percorreu as ruas do distrito e encontrou muito lixo e ruas esburacadas.

Há cinco anos morando no sul do país, a paraense Liane Souza, 39 anos, teve uma surpresa ao retornar para o distrito de Mosqueiro pela primeira vez após a mudança. Tendo que retornar a Belém por motivos familiares, ela nunca imaginou encontrar tanto lixo espalhado pela cidade e, ainda, pela ilha que costuma atrair tantos banhistas aos finais de semana e feriados. “Eu nunca vi tanto lixo. Nunca esperei reencontrar a nossa cidade jogada no meio do lixo desse jeito”.

No distrito de Mosqueiro, a casa da família de Liane tem acesso pela rua São Domingos, no bairro da Praia Grande. Apesar da localização próxima a uma das avenidas mais movimentadas da ilha, a avenida 16 de novembro, o grande acúmulo de dejetos na entrada da rua chamava a atenção de quem passava. “Mosqueiro não tem local para depositar o lixo, isso é inaceitável. A gente é obrigada a andar pelo meio do lixo”, indignava-se Liane. “No Ano Novo fizeram apenas uma maquiagem aqui, limparam apenas a avenida (16 de novembro), mas esquecem as transversais. Só mora gente na avenida, por acaso? ”.

Compartilhando da mesma indignação de Liane, a aposentada Ducileide Xavier, 65, afirma que a situação do acúmulo de lixo na rua São Domingos é antiga. Para além disso, ela destaca a ausência de saneamento na rua. Sem asfalto, a São Domingos era tomada pela lama na manhã chuvosa do sábado,8, quando o DIÁRIO esteve no distrito. “Na baixada a população vive debaixo d’água. Sempre foi assim aqui”, reclama, ao contar que mora há 24 anos em Mosqueiro. “Aqui até carro tem dificuldade de entrar porque é muito buraco”.

Apesar de asfaltada, a rua do Aeroporto também mantinha pontos de lixo doméstico transbordando dos contêineres e apodrecendo nas ruas. O mesmo se repetia em diversos outros pontos do distrito, como na esquina da estrada da Variante com a rua Camilo Salgado Filho. “Está demais a situação do lixo aqui em Mosqueiro. Precisamos de mais cuidado, de uma coleta mais frequente”, demanda o mecânico Pedro Cunha, 39 anos. “Eu sou nascido e criado aqui em Mosqueiro e esperava que olhassem mais pela gente”.

Ponto de grande circulação de visitantes aos finais de semana e feriados, a avenida Beira Mar também apresenta problemas. No trecho da praia do Murubira, bastante disputada pelos banhistas em alta temporada, os veículos precisam desviar de enormes buracos no asfalto.

ATRASO

Se o acúmulo de lixo e a ausência de saneamento em algumas ruas de Mosqueiro já dificultam a mobilidade tanto dos moradores da ilha, quanto de seus visitantes, a situação da ponte sobre o rio Murubira, na estrada da Variante, é ainda mais crítica. Em obras desde 2019, a ponte que liga o bairro do Porto Arthur ao do Murubira
segue interditada.

Sem que operários fossem vistos trabalhando no local, o cenário encontrado na ponte interditada era de máquinas paradas e muita lama. Para além da interdição, que só permite que as pessoas passem a pé ou de bicicleta, o autônomo Paulo André, 36 anos, destaca a insegurança na área. “À noite, quando a gente vem da igreja, o risco de assalto é grande”, conta. “Está tendo obra durante a semana, mas o prazo já foi
trocado várias vezes”.

Instalada às proximidades da ponte, a placa de identificação sinaliza o valor da obra em R$840.775,00. No campo destinado ao prazo de execução, a indicação é de que a obra deveria durar 135 dias. Porém, quando se tenta ver a data de início das intervenções, percebe-se que a placa foi danificada justamente nesta parte.

Ainda em junho de 2019, porém, o DIÁRIO esteve no local e, à época, a placa indicava a data de início desta mesma obra para o dia 1º de julho de 2019. Considerando esta data, o prazo já teria encerrado há pelo menos
dois meses e meio.

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