O Conselho Nacional do Ministério Público instaurou no final da tarde desta sexta-feira (7) um Processo Administrativo Disciplinar ao Procurador de Justiça Ricardo Albuquerque da Silva, servidor denunciado pela Corregedoria Nacional do Ministério Público (CNMP), por ter feito comentários racistas durante uma palestra para estudantes em uma universidade particular de Belém em novembro do ano passado.
'Escravidão foi porque índio não gosta de trabalhar', afirma procurador do MPPA. Ouça o áudio
Procurador paraense pede desculpas por fala racista
Após a decisão, o procurador terá que se afastar da ouvidoria do Ministério Público até a conclusão do processo disciplinar. Para o CNMP, Ricardo cometeu infração disciplinar por descumprir o seu dever funcional e por ter praticado uma conduta incompatível com a dignidade que lhe impõe o cargo de Procurador da Justiça.
Naquela altura, Ricardo Albuquerque da Silva afirmou, diante de alunos do curso de Direito, que o preto foi escravizado no Brasil porque o índio não gostava de “trabalhar” como escravo dos colonizadores, afirmando ainda que os indígenas “preferiam morrer do que cavar uma mina, do que plantar para os portugueses”.
A opinião do procurador do Ministério Público do Estado do Pará repercutiu de maneira negativa internacionalmente, com as principais instituições de Justiça do Brasil e do mundo pedindo explicações sobre o caso.
O Processo Administrativo Disciplinar tem previsão para ser finalizado em até 90 dias.
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