Ciclistas homenageiam vítimas de acidentes de trânsito

Centenas de ciclistas de toda a capital paraense se reuniram para participar de um ato de protesto, na noite de ontem, pela morte de um homem na semana passada, que foi atropelado por um ônibus no quilômetro cinco da rodovia BR-316, em Ananindeua. Eles simbolizaram a homenagem como uma “Ghost Bike” no local exato onde João Santiago dos Santos perdeu a vida, o que aumentou a infeliz estatística de mortes no trânsito causadas pelo desrespeito às leis.

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A bicicletada foi organizada por vários grupos que diariamente saem às ruas para pedalar, seja num ato de exercício físico, ou como meio de transporte.

Para uma das organizadoras do movimento, o ato simboliza a dor de uma família e a triste sina de quem faz da bicicleta seu meio de locomoção. “Todas as vezes que morre um ciclista no trânsito, independente se faz parte ou não dos grupos organizados, nós colocamos uma Ghost Bike no local do acidente, para mostrar que ali aconteceu uma falta de respeito no trânsito. Se fosse respeitada distância mínima dos carros para o ciclista, conforme o Artigo 201 do Código de Trânsito Brasileiro, de 1,5 m, o João não teria perdido a vida”, lamenta Ruth Costa, integrante do grupo Bike Anjo.

Além deste, o grupo seguiu para a avenida Pedro Álvares Cabral, onde outra Ghost Bike foi colocada, em homenagem a outro ciclista morto ao ser atropelado dentro da ciclofaixa. Atualmente, os maiores problemas, para quem enfrenta diariamente o trânsito da capital, são a falta de respeito dos motoristas e número de ciclovias espalhadas.

MULTA

Ao todo, Belém possui 100,6 km de faixas exclusivas. O motorista flagrado a menos de 1,5 m dos ciclistas incorre em infração média, com multa de R$ 130,16, com quatro pontos na sua carteira de habilitação.