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FORA DE CONTROLE

Da periferia ao centro, acúmulo de lixo só aumenta em Belém

Em 404 anos de fundação, Belém ainda enfrenta o que parece ser um de seus mais constantes problemas: o lixo. Por toda a cidade, não é difícil encontrar pontos de acúmulo de resíduos em vias, nas margens dos canais e até mesmo nas feiras livres.Belém sofre

Imagem ilustrativa da notícia Da periferia ao centro, acúmulo de lixo só aumenta em Belém camera Até uma poltrona foi jogada perto da rodovia Arthur Bernardes | Irene Almeida

Em 404 anos de fundação, Belém ainda enfrenta o que parece ser um de seus mais constantes problemas: o lixo. Por toda a cidade, não é difícil encontrar pontos de acúmulo de resíduos em vias, nas margens dos canais e até mesmo nas feiras livres.

Belém sofre com lixo por todo lado

Sem coleta regular, lixo toma conta de Belém

Esse lixo costuma ser um problema democrático, que atinge a bairros periféricos mais distantes, como também áreas centrais da capital. No Tenoné, os moradores da rua das Laranjeiras com a Quinta Linha vivem o pesadelo de conviver com um lixão a céu aberto e com a incerteza de não saber quando o acúmulo será removido dali. “O caminhão do lixo passou tem alguns dias por aqui, mas não levou. Deixou tudo aí do jeito que estava”, contou um morador.

Urubus espalham o lixo acumulado
📷 Urubus espalham o lixo acumulado |Irene Almeida
Claudia Gonçalves varre para amenizar a situação
📷 Claudia Gonçalves varre para amenizar a situação |Irene Almeida

No local, o odor insuportável comprova que os resíduos estão ali há algum tempo. Um morador que trabalha em uma padaria próxima ao local afirma que o lixo é despejado lá também por falta de alternativas. “O caminhão que recolhe demora a passar, então como não tem outro local, as pessoas vêm e jogam aí mesmo”, justificou.

Na rodovia Arthur Bernardes com o Canal São Joaquim, no Barreiro, o lixo praticamente já faz parte da paisagem. No local é possível encontrar todo o tipo de resíduo, desde lixo doméstico até mala, sapatos, pedaços de madeira e animais mortos, além de muitos urubus e outros lixos.

Moradora do bairro, a doméstica Aurora Rabelo passa todos os dias caminhando pelo local e diz que a imagem sempre é a mesma. “Lixo espalhado por todos os lados. Hoje até que não tem muito, porque normalmente fica uma montanha. Vez por outra aparece um carro para recolher. Mas como demora a passar outro, depois já está cheio de novo, infelizmente”, disse.

No local, o movimento de carroceiros que levam lixo de outros locais para jogar lá é intenso. Sem qualquer tipo de fiscalização, eles têm caminho livre para despejar todos os tipos de porcaria.

TODAS AS PARTES

Na parte mais central da capital, no bairro do Marco, a história se repete. Na avenida Visconde de Inhaúma, às margens do canal, o lixo se acumula há dias. “O lixo doméstico geralmente costuma ser recolhido, o problema é que de madrugada, as pessoas vêm e colocam entulho, e aí as outras vêm e colocam seus lixos também. Fica um monte de lixo misturado. O caminhão passa, mas não leva” reclamou a gerente de uma pizzaria, Claudia Gonçalves, que aproveitou o dia de folga para varrer e tentar afastar o lixo da frente de sua casa.

Na área ao lado do canal, o lixo doméstico se mistura a resto do que parece ser um televisor antigo, partes de um freezer, restos de capinação e até um colchão.

Na Pedreira, o problema do lixo também é comum em vários pontos. Na avenida Pedro Miranda com o Canal da Antônio Baena, a situação é terrível. A dona de casa Francisca Silva, que passa constantemente pelo local, reclama do que vê. “Sempre passo por aqui, e todos os dias tem lixo. Nunca vi recolherem”, criticou.

O policial militar Alexandre Chagas mora próximo ao local há mais de 50 anos e também reclama da situação. “Normalmente quem recolhe isso aí é o caminhão de entulho quando passa, porque o carro de lixo mesmo não tem dia certo para passar e quando passa não leva tudo. Enquanto isso,vamos convivendo assim”.

Ele conta que antes havia um depósito grande, onde todo lixo era colocado pelos moradores e depois o caminhão passava para recolher. “O problema é que tiraram o contêiner daqui e não colocaram mais. Aí as pessoas vêm e jogam tudo na rua mesmo. Além disso, o carro que recolhe nunca passa na Antônio Baena”.

O DIÁRIO procurou a Prefeitura de Belém, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

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