Os dias chuvosos já estão em curso em Belém, alternados com
dias de muito sol e temperaturas altas. Nesta época, que se estende até os
primeiros meses do ano, há um predomínio de doenças respiratórias e algumas
doenças transmitidas por meio de vetores, como a dengue, zika, chikungunya,
febre amarela, leptospirose etc.
“Dentre as doenças respiratórias, além da influenza e outras
viroses respiratórias, é importante atentar para a possibilidade de sarampo,
que recentemente voltou a ser um problema de saúde pública”, alerta a médica
infectologista do Hospital Saúde da Mulher, Juliana Li Ting Barreto.
Segundo a especialista, o público que mais sofre os efeitos
desse período é formado por crianças abaixo de 5 anos e idosos. E eles podendo
apresentar também quadros clínicos mais graves. “Principalmente quando
associados a doenças crônicas preexistentes, como pneumopatias ou cardiopatias.
Tais infecções geralmente têm etiologia viral e acabam evoluindo com infecção
bacteriana secundária”, informa.
Dentre os sintomas mais comuns das doenças respiratórias
estão tosse, coriza, dor de garganta e febre. Caso haja dispneia (falta de ar)
ou exantema (manchas na pele) associados aos sintomas citados, a médica
ressalta que é importante procurar logo uma unidade de saúde para avaliação de
um especialista, pois pode se tratar de um caso de influenza ou sarampo.
Em relação às arboviroses (dengue, zika, chikungunya, febre
amarela) e à leptospirose, os indícios principais da doença são febre,
cefaleia, mialgia, dores articulares e lesões cutâneas. O aparecimento de
sinais de alarme, como sangramentos, falta de ar, sensação de desmaio,
alteração do estado mental, redução da diurese, dor abdominal intensa, podem
indicar gravidade, segundo a médica.
“As pessoas com esses sintomas devem procurar atendimento
médico com urgência. E as crianças podem apresentar mais frequentemente
episódios de diarreia e vômitos em todas essas doenças.”, destaca Juliana. “Nas
fases iniciais, todas essas doenças podem ser tratadas em casa com hidratação oral
vigorosa, antitérmicos e outras medicações sintomáticas receitadas pelo médico.
Deve-se evitar o uso de anti-inflamatórios”, acrescenta.
Para tentar ficar longe dessas doenças, são necessários cuidados, como evitar aglomerações e ambientes fechados; hidratar-se adequadamente; higienizar frequentemente as mãos com álcool em gel ou água e sabão; evitar contato com pessoas com sintomas respiratórios e não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres e copos.
“Além disso, no que diz respeito às arboviroses, é importante adotar as medidas amplamente divulgadas, como evitar água parada e reforçar o uso de repelentes e roupas mais cobertas.”, destaca Juliana. A médica ressalta ainda, que essas doenças também podem ocorrer em qualquer outro período do ano, portanto, todo cuidado é pouco. “É importante manter as recomendações de prevenção e a atenção adequada nas unidades de atendimento de forma contínua.”, finaliza.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar