Localizada bem no centro de Belém, a praça Waldemar Henrique já foi palco de grandes manifestações culturais e hoje está completamente abandonada, mesmo estando próxima à pontos importantes e turísticos da cidade, como a Estação das docas, mercado do Ver-o-Peso e o Terminal Hidroviário.
O espaço, que fica entre a avenida Marechal Hermes e a rua da Municipalidade, no bairro do Reduto, foi inaugurada no ano de 1990, e por anos abrigou eventos como os famosos concursos de quadrilhas juninas, e a feira do miriti no período do Círio de Nazaré. Além da deterioração pela falta de manutenção, o local também padece com as ações de vândalos.
O rosto sorridente do maestro paraense, representado em um dos monumentos, perdeu seu brilho em meio as pichações que se espelharam por todos os cantos do logradouro. As arquibancadas erguidas para receber o público viraram verdadeiros depósito de lixo. Quem passa pelo entorno do espaço lamenta a situação crítica e lembra dos momentos vividos na época que o cenário era completamente diferente.
Moradora do distrito de Outeiro, Edilene Evangelista, 51 anos, conta que costumava levar os filhos para se divertir ali, mas que devido ao abandono ficou com medo de frequentar a área. “Essa praça tem um espaço tão bonito, mas infelizmente caiu no esquecimento do poder público. Antes se via várias vendas e programações culturais, mas hoje está servindo somente para acumular sujeira”, disse.
INSEGURANÇA
Atualmente, a concha acústica que também faz parte da estrutura da praça está servindo como refúgio para pessoas em situação de rua. Devido à insegurança na área, a única movimentação que se vê é de passageiros que utilizam a parada de ônibus, que recebe dezena de linhas que circulam pela Região Metropolitana de Belém. Nesse ponto, a situação é mais precária. Os boxes construídos para receber vendedores viraram banheiros ao ar livre. O odor forte de urina que exala de dentro dos pequenos espaços causa grande incomodo nas pessoas.
“Eu sempre passo aqui pela Waldemar Henrique, mas confesso que tenho medo. De dentro do ônibus já presencie pessoas sendo assaltadas pelos usuários de drogas que circulam por aqui constantemente. Às vezes eu prefiro descer no ponto mais à frente para não ser vítima, sem contar esse fedor horrível que sentimos quando se passa aqui perto. ”, conta o artesão Sérgio Dantas, 50 anos.
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