Reconhecer, homenagear e dar visibilidade a atuação do setor de agronegócio no Pará. É com esse objetivo que o DIÁRIO realiza desde 2015 o Prêmio Agropará, que chega à sua quinta edição em 2019. A premiação reúne representantes do segmento de todas as regiões do Estado. Ao todo, os finalistas estão divididos em 19 categorias, sendo 16 por setor e três prêmios técnicos.
Todas as categorias do agronegócio estão representadas na premiação, dentro da pecuária e agricultura. A entrega da premiação está marcada para o dia 4 de dezembro, às 19h, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), em Belém.
Um dos finalistas é o pecuarista Geraldo Pedro de Oliveira Neto, 37 anos, que concorre na categoria bubalinos. Formado em advocacia, é proprietário da fazenda Açaizal, no município de Parauapebas, no sudeste paraense. Ele conta que possuía uma pizzaria na cidade e, neste período, o que chamou a sua atenção foi a necessidade de se utilizar mais de uma tonelada de queijo do tipo muçarela por mês, para atender a demanda do estabelecimento.
“Resolvi produzir a minha própria muçarela. Adquiri os primeiros búfalos e, a partir disso, começamos a investir na propriedade, em melhoramento genético, irrigação de pastagens inseminação, sanidade do rebanho e na estrutura da queijaria. Passamos a produzir novos derivados do leite de búfala. Hoje fabricamos a muçarela, o queijo coalho, minas frescal e frescal temperado, além de comercializar carne”, explicou o pecuarista paraense, que hoje possui 100 cabeças de búfalos. “A gente comercializa na região de Carajás, Parauapebas e municípios do entorno. Produzimos mais de uma tonelada de queijo por mês. Geramos empregos diretos e indiretos”, disse.
Para o pecuarista, participar da premiação é uma forma de reconhecimento de todo esforço e dedicação ao trabalho. “Nenhum de nós é concorrente, juntos somos mais fortes. E o búfalo está em primeiro lugar. Parauapebas criou rotas turísticas e uma delas é a rota do búfalo, onde o turista visita a nossa propriedade, conhece de perto o manejo animais, ordenha, a produção do queijo. É o contato do homem da cidade com homem do campo”, observou.
Concorrendo na categoria bovinos, o pecuarista Maurício Pompeia Fraga Filho, 54, é proprietário da Fazenda Porangaí, no município de Xinguara, sudeste paraense. O paulista formou-se em medicina veterinária e deu continuidade a atividade de pecuária desenvolvida por várias gerações de sua família. No Pará, a atuação iniciou em 1973, onde Maurício passou a viver com sua família desde 2012. Somente naquela fazenda, com 16 mil hectares de extensão, o produtor cria atualmente 14 mil cabeças de gado.
Ele foi indicado pela primeira vez ao Prêmio Agropará. “É o reconhecimento de 46 anos de muito trabalho. É muito importante para nossa família. O prêmio envolve todas essas cadeias produtivas e é muito importante para o agronegócio de maneira geral, divulgando e estimulando. Visto que o Pará tem uma vocação muito grande para o agronegócio”, analisou.
Reconhecer e incentivar as melhores práticas no campo
Já o economista mineiro Roberto Rezende Paulinelli, 60, é finalista na categoria equinos/asininos e muares. Há 20 anos ele começou a criar, por hobby, equinos e jumentos. O produtor é proprietário da fazenda Sansei, com extensão de 9 mil hectares, no município de Rio Maria, no Sul do Pará. Ele também possui criação de mulas dentro e fora do Estado. “Meu pai sempre gostou e eu comecei essa criação. Temos animais que participam de provas de marcha, ramch shorting, team pemme”, explicou.
Roberto foi indicado ao prêmio ano passado e concorre novamente este ano. “É uma forma de valorizar a produção no estado, não só de rebanho, mas do cacau pimenta e tudo mais. É uma valorização para quem cria e produz no Pará”, frisou.
Diretor geral do Grupo RBA, Camilo Centeno ressalta que o Prêmio Agropará se tornou referência para o setor de agronegócio no Estado. A premiação e a publicação da Revista Agropará, encartada gratuitamente no jornal, a cada três meses, são uma forma de incentivar o trabalho desenvolvido por inúmeros produtores.
“Pessoas da capital e de regiões próximas conhecem muito pouco a riqueza dessas atividades desenvolvidas no interior, que geram milhares de empregos. Então a premiação tem esse objetivo de reconhecer a importância e incentivar as melhores práticas”, afirmou Camilo, ao acrescentar que a premiação é também uma forma de reunir os produtores para trocarem experiências em uma grande confraternização.
“O Pará é forte não só na pecuária, como na agricultura. Somos o maior produtor de açaí, grande produtor de abacaxi, de rebanho. A cultura de soja também está despontando. Ou seja, uma vocação muito grande em várias áreas e cada vez mais as pessoas têm percebido isso e investido nesses segmentos”, reforça Camilo Centeno.
PRÊMIO AGROPARÁ
OS PRIMEIROS FINALISTAS
Ao longo dos próximos dias, o DIÁRIO divulgará as outras categorias e indicados.
1) BOVINOS
- Nelore Água Fria - João Carlos Guimarães Giffoni Filho (Xinguara)
- Nelore Menoletto - Faz. Nossa Senhora Aparecida (Belterra)
- Fazenda Porangaí - Maurício Pompéia Fraga (Xinguara)
2) BUBALINOS
- Fazenda Sta. Filomena- Carlos Diniz Filho (Muaná)
- Fazenda Aruans - Antonio Francisco Araújo (Chaves)
- Fazenda Açaizal - Geraldo Pedro de Oliveira Neto (Parauapebas)
3) EQUINOS, ASININOS e MUARES
- Al Rancho - Letícia Bernadete Santos Lima (Parauapebas)
- Mangalarga. Marchador e Muares - Roberto Paulinelli (Rio Maria)
- Rancho do Cawboy - Sindicato Rural (Paragominas)
A premiação ocorrerá no dia 4 de dezembro, às 19h, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), em Belém. Ao todo, o prêmio está dividido em 19 categorias. O Agropará é patrocinado pela Agropalma, Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), Banco da Amazônia, Citropar, Guamá Tratamento de Resíduos e Sebrae.
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