Desde que foi lançado no final do agosto de 2019, o projeto DPlay Pará da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), já beneficiou mais de 7 mil alunos em todo o Estado. Formado pela melhor equipe de professores da rede estadual de ensino, o projeto encerrou com chave de ouro seu último aulão gratuito realizado na tarde de sexta-feira (8), no auditório da Universidade da amazônia, em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém.
Participaram mais de 200 alunos, todos recebidos com muita música e brincadeiras que antecederam as revisões de Matemática e Ciências da Natureza, voltadas para a última prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Entre os olhares atentos ao palco e às questões da tela, estava Maria Cristina Garcia. A belenense, moradora do bairro do Guamá, tem 45 anos e fez o Enem pela primeira vez este ano. Aluna da turma de Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Estadual Frei Daniel, ela interrompeu os estudos no passado para cuidar dos três filhos. Quando decidiu voltar para a sala de aula enfrentou a resistência do ex-marido. “Quero buscar só vitórias daqui pra frente, estou em busca de conhecimento. Meus filhos ficaram até surpresos por eu decidir fazer a prova por conta da minha idade, mas eu tô caminhando pra terminar os estudos. Quero ser assistente social!”, diz confiante.
Enquanto isso, acompanhando ao longe a movimentação daqueles que chegavam e escolhiam uma cadeira para sentar, estava Lucas Gabriel. Aos 18 anos, o jovem que se prepara para fazer a prova do Enem pela primeira vez deseja cursar Ciência da Computação. “Minha primeira prova foi bem. Fiquei acima da média, segundo alguns gabaritos extraoficiais, mas estou me preparando mais para o segundo dia porque é o que importa mais para o curso que eu quero fazer”. Apesar da fala apressada, o estudante da Escola Estadual Joaquim Viana diz com bastante tranquilidade e segurança o motivo dessa escolha. “É um curso que entra numa área que está em crescimento, a área da computação. Com toda a certeza, no futuro não ficará faltando vagas para trabalhar, então tem que pensar mais ou menos assim”.
Sendo a primeira vez ou não desses candidatos, o que motiva a equipe de professores do DPlay Pará é ter a certeza de alcançar todas as mentes inquietas e brilhantes que buscam a desejada aprovação no vestibular. “Eu sempre gostei da pegada do Enem, principalmente por poder trabalhar com esse aluno da rede pública que é muito receptivo, que gosta muito de estar ali”, afirma o professor Hugo Pena, que abriu o último aulão com a disciplina de matemática.
“Eu gostei muito de trabalhar com essa galera que tem uma energia muito bacana, tanto os professores como a coordenação de modo geral. É muito bom estar nesse universo de vestibular porque é um momento muito importante para o aluno que prepara a vida fundamental e médio toda para isso. Chegar com ele na reta final é uma experiência muito boa, principalmente recebê-lo depois que conseguiu entrar na universidade com a nossa ajuda”, garante.
O motivo de orgulho é compartilhado também pelo coordenador estadual do DPlay Pará, professor Diego Maia, que não mede a emoção nas palavras sobre o desempenho de toda a equipe e, principalmente, de todos os alunos que tornaram esse projeto possível. “A sensação é de dever cumprido. A gente se propôs a oferecer um ensino através de áreas [regionais] e elas estão sendo atendidas. Nós contribuímos com a educação do Estado, aparamos algumas arestas e ajudamos na preparação do Ideb deste ano também. Os alunos compraram a ideia, principalmente no interior do Estado com a adesão em massa e a proposta é ampliar esse processo”, diz, comovido.
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