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Pesquisas mostram piora na gestão pública da capital no governo Zenaldo

Basta uma rápida busca no Google usando como título de pesquisa “Belém é a pior...” para encontrar um leque de avaliações negativas sobre a capital paraense em quesitos fundamentais para a qualidade de vida. Um dos achados que chama a atenção foi quando o

Imagem ilustrativa da notícia Pesquisas mostram piora na gestão pública da capital no governo Zenaldo camera Situação da saúde pública e saneamento em Belém também é difícil. Atrasos em obras como as da UPA do Jurunas pioram o quadro na gestão de Zenaldo . | Celso Rodrigues/Diário do Pará

Basta uma rápida busca no Google usando como título de pesquisa “Belém é a pior...” para encontrar um leque de avaliações negativas sobre a capital paraense em quesitos fundamentais para a qualidade de vida. Um dos achados que chama a atenção foi quando o ator Mateus Solano visitou Belém e desabafou em vídeo divulgado nas redes sociais, que repercutiu em todo o país. O ator apenas confirmava o que vem sendo mostrado por diversos institutos que avaliam gestões municipais nas maiores cidades do Brasil.

Mateus Solano passou alguns dias em Belém, em junho de 2018 e, apesar de elogiar a beleza da cidade, criticou a situação dos esgotos. “Oi minha gente. Eu tô aqui em Belém, cidade tão bonita, tão importante, histórica... E com o pior saneamento básico que eu já vi”, disse ele no vídeo, enquanto pedalava pela capital paraense.

Ele apenas confirmava o Ranking do Saneamento realizado pelo Instituto Trata Brasil. O estudo mais recente, que teve como ano base 2017, quando a prefeitura e o Governo do Estado eram comandados por Zenaldo Coutinho e Simão Jatene, respectivamente prefeito e governador do mesmo partido, o PSDB, classificou a capital paraense com o terceiro pior saneamento do país, considerando índices de coleta e tratamento de esgoto e acesso à água tratada e investimentos no setor.

Mas os problemas da cidade não se resumem ao que pode ser visto por turistas, como o ator. O Índice de Desafios da Gestão Municipal (IDGM), realizado pela Macroplan, uma das maiores empresas de consultoria do país, envolvendo os 100 maiores municípios brasileiros, mostra que Belém está dando “marcha ré”.

A capital está no grupo dos 25 municípios com menores índices alcançados nos desafios de gestão municipal. Neste grupo estão cinco capitais do Norte (Macapá, Porto Velho, Belém, Rio Branco e Manaus) e quatro do Nordeste (Aracaju, Natal, Maceió e São Luís).

No ranking da educação, avaliado pela Macroplan, foram identificados problemas nas matrículas em creches em relação à população de crianças de 0 a 3 anos; nas matrículas da pré-escola de crianças de 4 a 5 anos e problemas nos resultados do Ideb no ensino fundamental da rede pública municipal, o que colocou a capital paraense em 93º lugar no índice de gestão municipal entre os 100 maiores municípios brasileiros.

AVALIAÇÃO

O estudo IDGM realizado pela Macroplan mostra que a gestão de Zenaldo Coutinho, sobretudo nos primeiros quatro anos de governo (de 2013 a 2016) contribuiu para a queda do índice de avaliação na década analisada pelos técnicos da Macroplan, que avaliaram dados de 2007 a 2017.

O estudo também mostra que não são os índices de pobreza que influenciam no melhor ou pior resultado na gestão municipal. Um exemplo é Petrolina, município que fica no sertão de Pernambuco, que saiu da 71ª posição para a 39ª na avaliação da educação no IDGM, maior avanço de posições na década.

O município registrou o 4º maior avanço na nota do Ideb do ensino fundamental I e o 2º maior no ensino fundamental II, além de melhora significativa nos indicadores de pré-escola. O IDH de Petrolina é de 0,702, considerado de baixo desenvolvimento humano. Já o de Belém é de 0,746, considerada um lugar de alto desenvolvimento humano.

Na saúde a avaliação da Macroplan reúne indicadores de mortalidade infantil, acesso à assistência pré-natal e à atenção básica e mortalidade prematura por doenças crônicas, usando como fonte de dados da área, o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus). Belém está em 77º lugar e também registrou queda na década e está no grupo de menor índice obtido nos desafios de gestão municipal na área da saúde.

Pesquisas mostram piora na gestão pública da capital no governo Zenaldo
📷 |Fernando Araújo/Diário do Pará

Segurança e saneamento

O Índice dos Desafios da Gestão Municipal na Segurança reúne os indicadores de mortalidade por acidentes de trânsito e por homicídios com base nos dados do Datasus. Belém ficou na 97ª posição no ranking e registrou a maior queda na década com -53 pontos de 2007 a 2017. A capital paraense foi considerada a mais violenta do Brasil, com taxa de homicídios de 76,1 por 100.000 habitantes.

O Índice de Saneamento e Sustentabilidade reúne os indicadores de acesso a esgoto, água e lixo do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). As últimas colocações do IDGM Saneamento e Sustentabilidade são ocupadas por municípios da região Norte do país. Chama atenção a presença de 3 capitais nesse grupo: Macapá (AP), Belém (PA) e Porto Velho (RO), que alcançaram nos 5 indicadores da área, índices inferiores à média dos 100+, com exceção ao índice de coleta de lixo de Porto Velho (RO), que atingiu 97,85% de cobertura – pouco superior à média dos 100+ de 97,7%.

Serviço:

GRUPO

O Estudo feito pela Macroplan também fez um agrupamento denominado “clusters” entre cidades com as mesmas características. Os agrupamentos de municípios foram definidos por variáveis de complexidade de gestão e de disponibilidade de recursos. Belém ficou no grupo onde estão também Goiânia (GO), Vila Velha (ES), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Salvador (BA), Recife (PE), Aracaju (SE), Natal (RN), Manaus (AM), São Luís (MA) e Maceió (AL).

No grupo de Belém quem obteve a maior nota foi Goiânia, com 0,627. Belém, cidade lanterninha, com 0,543,ficou bem abaixo da média do grupo, que foi de 0,444.

Em educação e saúde, Belém é a terceira pior do grupo. Em segurança e saneamento e sustentabilidade é a lanterninha, considerada a pior das cidades do grupo “cluster”.

FIRJAN

O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) 2018, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, já antecipavam o estudo divulgado pela Macroplan. No ranking Firjan, Belém surgia na parte de baixo da lista de desenvolvimento das capitais. A última colocada era Macapá (0,6446), seguidas de Belém e Maceió, empatadas com 0,6918, índice considerado regular.

O cálculo é feito com base em dados de 2016, a partir de indicadores sociais em 5.471 municípios, onde vivem 99,5% da população brasileira. Para compor o índice são apurados dados oficiais sobre saúde e educação básicas, como número de matrículas escolares e mortalidade infantil, além das taxas de emprego e renda média dos trabalhadores.

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