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REFUGIADOS

Venezuelanos estão abandonados próximos da Prefeitura de Belém

Em meio aos carros que circulam a todo o momento, às pessoas que passam apressadas e à rotina costumeira dos vários órgãos públicos concentrados em uma única área do bairro da Cidade Velha, em Belém, a lida de um grupo de refugiados venezuelanos da etnia

Imagem ilustrativa da notícia Venezuelanos estão abandonados próximos da Prefeitura de Belém camera Refugiados acamparam na praça Felipe Patroni, por trás do Palácio Antônio Lemos. | Wagner Santana/Diário do Pará

Em meio aos carros que circulam a todo o momento, às pessoas que passam apressadas e à rotina costumeira dos vários órgãos públicos concentrados em uma única área do bairro da Cidade Velha, em Belém, a lida de um grupo de refugiados venezuelanos da etnia Warao parece passar quase despercebida. Em plena Praça Felipe Patroni, tendo como cenário os fundos do Palácio Antônio Lemos, que abriga a sede da Prefeitura, os refugiados tentam sobreviver em barracas improvisadas. Nem o fato de estarem perto do Prefeito Zenaldo Coutinho sensibiliza o poder público municipal.

É no espaço aberto da praça que o grupo dorme, prepara o alimento, lava e estende suas roupas. Na tarde da última quarta-feira (02), era possível contar cerca de 25 crianças e adultos no local. Porém, a própria comunidade afirma que eles estão em cerca de 120 pessoas. “Estamos aqui faz 45 dias”, estima Nestor, um dos refugiados vindos da Venezuela. “Não dão água, nem nada. Tudo compramos”.

Ao falar sobre a ausência de auxílio para a compra de alimento, Nestor se refere ao poder público municipal. Ele conta que a Prefeitura de Belém já chegou a procurá-los para oferecer abrigo em uma casa instalada na avenida João Paulo II. Porém, Nestor afirma que o local já estaria lotado. “Tem muita gente e muita criança. Queremos um abrigo para todos juntos”.

Antes que tentassem um meio de sobreviver em Belém, o grupo passou pelas cidades de Boa Vista (RR), Manaus (AM) e Santarém (PA). Mesmo com toda a dificuldade enfrentada no Brasil em decorrência da própria condição de refugiados, eles apontam que em nada se compara aos problemas enfrentados na Venezuela. “Está mal completo agora. Meu cunhado e irmã chegaram de Venezuela há três dias e dizem que agora não tem nem sal lá”, exemplifica José Luiz, outro refugiado que tem na Praça o seu endereço atual.

ESQUECIDOS

Ali mesmo, com o auxílio de uma simples churrasqueira, Ercilia assava uma comida típica chamada domplina – massa feita com farinha de trigo e que se assemelha a uma pizza. Ela conta que o alimento é muito consumido na cidade venezuelana de onde ela veio, Tucupita. “Não há mais medicina, nem remédios, nem comida e nem nada”, conta, ao se referir à situação atual da cidade natal. “Aqui, esperamos abrigo para crianças e para adultos também. Quando chove, todos pegam chuva”.

A vulnerabilidade ao clima e a toda a insegurança proporcionada pela situação de rua à qual os refugiados venezuelanos estão submetidos não passaram despercebidas pela professora Mônica Moraes, 32 anos. De passagem pela praça na tarde de terça-feira, a professora foi surpreendida pela situação das pessoas que se abrigavam ali, em meio a tantos órgãos públicos. “É doloroso ver essa situação a que eles estão submetidos”, lamentava. “No fundo, o nosso poder público esqueceu o valor da vida”.

RESPOSTA

Em, nota a Prefeitura de Belém informou que está acompanhando o grupo de indígenas Warao na praça Felipe Patroni. "A PMB informa, ainda, que está sendo viabilizado um espaço para realocar o grupo", completou.

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