Damares terá gabinete no Marajó para combater exploração sexual 

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos (MDH), Damares Alves, anunciou esta segunda-feira (22) a transferência de um gabinete do ministério para a Ilha do Marajó, no Pará. O objetivo é diminuir os altos índices de violência sexual na região, principalmente infantil.

MinistraDamares Alves publica foto emocionada após visitar o Marajó

O anúncio foi feito durante um evento do MDH para marcar os 200 dias de governo Bolsonaro. Além das ações a serem realizadas, Damares apresentou as ações das oito secretarias nacionais que compõem a pasta. A preocupação da ministra especialmente com a região do Marajó faz sentido. As cidades que compõem o arquipélago apresentam o maior índice de incidência de crimes de violência sexual.

“O número de incesto e de exploração sexual de crianças é um absurdo. Tem gente que fala que é cultural, tem especialistas falando que não vamos vencer esses problemas, que é cultural. É preciso fazer o enfrentamento. O tráfico de mulheres também ocorre pela ilha”, explicou. Damares informou ainda que uma agência da Caixa Econômica deve chegar à ilha, junto com a equipe do ministério, para levar o programa Minha Casa Minha Vida à população paraense.

Durante a cerimônia, a ministra agradeceu pelo trabalho da equipe e disse que, apesar do “estado ser laico”, ela “louva a Deus” pelo ministério. Ela celebrou ainda que a assessoria internacional da pasta conseguiu zerar os relatórios que devem ser entregues a órgãos internacionais, com estatísticas da área. Segundo ela, os documentos estavam parados há 17 anos. Com isso, Damares afirmou que gostaria de entregar os documentos à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

Entre as outras ações destacadas pela ministra estava a abertura do Espaço da Mulher Brasileira (Emub) em Boston, nos Estados Unidos. Damares comentou que, além de Boston, houve o pedido de outras embaixadas e consulados brasileiros ao redor do mundo para inaugurar outra filial do espaço, como em Lisboa. “Há muitas mulheres brasileiras que continuam sendo vítimas de violência doméstica mesmo fora do país”, acrescentou.