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VERSÕES 

Hélio Gueiros Neto se defende e diz que não matou a esposa

Depois de 4 anos de silêncio, Hélio Gueiros Neto, 34, decidiu falar sobre a morte da esposa, Renata Cardim, então com 27 anos, em maio de 2015. Com a determinação do fim de segredo de justiça no processo em que é acusado de assassinato, Hélio Gueiros Neto

Imagem ilustrativa da notícia Hélio Gueiros Neto se defende e diz que não matou a esposa camera Hélio Gueiros diz que vive situação devastadora com acusações. | Reprodução

Depois de 4 anos de silêncio, Hélio Gueiros Neto, 34, decidiu falar sobre a morte da esposa, Renata Cardim, então com 27 anos, em maio de 2015. Com a determinação do fim de segredo de justiça no processo em que é acusado de assassinato, Hélio Gueiros Neto dá sua versão dos fatos. O acusado reafirma que a morte de Renata foi natural, o que a família de Renata contesta, acusando Hélio de ter asfixiado e matado a esposa no apartamento do casal, na madrugada daquele dia.

A perda da mulher – com quem vivia há sete anos e estava casado havia sete meses – foi um momento classificado por Hélio Gueiros Neto como “devastador”. Segundo ele, a situação ficou ainda mais dramática com a acusação de ter sido ele o responsável pela morte. “Só mesmo a fé e a consciência que me ajudam a levantar todos os dias para trabalhar, mesmo sabendo tudo que vou passar e os olhares que vou ter de enfrentar”, afirma Hélio Neto.

“Muita gente me julgou pelo silêncio. Mas respeitei o segredo de justiça. Agora, posso vir a público para me defender com a verdade. Confio nos laudos técnicos, nos fatos. Não deram espaço para minha versão”, disse o acusado.

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Hélio conta que o casal dormia na madrugada do dia 26 para o dia 27 de maio de 2015, depois de um dia comum, onde ambos haviam ido para a academia e ao trabalho. “Assisti televisão e fomos dormir, juntos, normalmente. Acordei no início da madrugada com um som diferente dela, uma espécie de ronco muito alto, como que querendo respirar. Um som estranho, que nunca tinha ouvido e não voltei a ouvir”.

Ele diz que tentou acordar a esposa, mas ela não despertou. “Cheguei a buscar água no banheiro, mas vi que ela não despertava. Foi quando decidi ligar para a mãe dela, que morava a uma quadra do nosso apartamento, para juntos levarmos ela à emergência”, relembra. Cerca de uma hora depois, já no hospital, foi constatada a morte de Renata. De acordo com os laudos oficiais, que compõem o processo, a causa mortis é atribuída a um aneurisma abdominal.

Acusação

Meses depois, no entanto, a família de Renata passou a acusar Hélio Gueiros Neto de ter matado por asfixia mecânica a esposa, usando um travesseiro. “Compreendo a dor da perda, mas não posso aceitar que acabem com minha vida criando uma história que não aconteceu, sem qualquer embasamento técnico, conforme demonstram os laudos e provas oficiais”, afirma Hélio.

Laudo

O advogado de defesa Roberto Lauria sustenta que os laudos oficiais corroboram a tese de morte natural. Um deles é o depoimento de Aldemir Ferreira, médico plantonista que atendeu a advogada em emergência no hospital para onde foi levada pelo marido, juntamente com a mãe e o irmão da vítima. Na ocasião, de acordo com ele, foram feitas manobras de ressuscitação cardiovascular por 15 minutos em Renata, sem que ela reagisse. Após examinar o corpo - procedimento de praxe nessas situações - com auxílio de outros técnicos do hospital, não foi constata a presença de lesões ou hematomas.

A exumação e necropsia feitas no corpo de Renata a pedido da acusação cinco meses após a sua morte, realizadas em conjunto por peritos do Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves e da assistência técnica contratada pela família da advogada, apontam para a mesma direção do exame inicial, segundo a defesa. Segundo o laudo “não se observaram lesões resultantes de violência na superfície do corpo; não se observou infiltração hemorrágica na musculatura do pescoço, bem como, lesões em estruturas musculares, vasculares e nervosas”.

Acusação contesta versão e apresenta recurso

Hélio Gueiros Neto se defende e diz que não matou a esposa
📷 |Reprodução/Facebook

O Ministério Público do Estado do Pará MPPA), por meio do 4º promotor de Justiça de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, Franklin Lobato Prado, interpôs no último dia 11 de julho, um “Recurso em Sentido Estrito em desfavor do réu Hélio Gueiros Neto”, contra a decisão do Tribunal de Justiça do Estado (TJPA), que o pronunciou ao julgamento do Tribunal do Júri pela prática do crime de feminicídio triplamente qualificado praticado contra Renata Cardim Lima Gueiros, mas que teria deixado de apreciar o requerimento de remessa dos autos ao Tribunal do Júri para designação de sessão de julgamento do acusado. A decisão foi proferida pela 1ª Vara de Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital.

A promotoria argumenta que a decisão de não remeter os autos ao júri nesse momento contraria o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), de que existe a preclusão da decisão de pronúncia e, portando a possibilidade de designação de sessão do tribunal do júri.

Tal qual a denúncia do MP, Fernando Martins, advogado da família de Renata Cardim e que atua como assistente de acusação no caso, afirma categoricamente que a morte de Renata não foi natural, o que teria sido claramente demonstrado em toda a instrução processual. “O que houve foi um homicídio triplamente qualificado e as provas constam no processo”, afirma Fernando.

Fernando afirma existir um parecer técnico no processo afirmando que Renata foi vítima de asfixia mecânica e o STF determinou que esse parecer permanecesse nos autos indo de encontro recursos da defesa de Hélio Gueiros Neto. “No processo existem inúmeras evidências de Internet, pareceres técnicos, depoimentos da família e de peritos e de testemunhas que ratificam a tese do Ministério Público e da acusação”, coloca.

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