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Pará possui 105 crianças à espera de adoção

No Pará, segundo dados do Cadastro Nacional de Adoção, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) existem atualmente 346 pretendentes a adotar e 105 crianças e adolescentes aptos a serem adotados. Destas, 45 estão disponíveis e 60 já estão com pretendentes vin

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Imagem ilustrativa da notícia Pará possui 105 crianças à espera de adoção camera Helena e Jonas decidiram adotar José e com a experiência única, lhe deram uma irmã, Flor. | Fernando Araújo/Diário do Pará

No Pará, segundo dados do Cadastro Nacional de Adoção, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) existem atualmente 346 pretendentes a adotar e 105 crianças e adolescentes aptos a serem adotados. Destas, 45 estão disponíveis e 60 já estão com pretendentes vinculados, estágio que precede a adoção, que poderá se efetivar ou não.

Apesar da procura ser maior que a demanda, a conta não fecha. De ambos os lados a espera pode levar anos. A explicação, nesse caso, pode ser uma só: ainda hoje quem quer adotar traça um perfil que dificilmente está disponível, como os bebês menores de 1 ano. Enquanto isso, os maiores de 2 anos vivem uma corrida contra o tempo.

Os dados mostram que, do ano passado até agora, foram efetivadas 71 adoções no Pará. O juiz titular da Vara da Infância e Juventude distrital de Icoaraci Antônio Cláudio Von Lohrmann Cruz explica que ainda hoje persiste esse perfil de adoção apenas com crianças mais novas. “As pessoas, quando se deparam com a realidade levam um choque, porque as crianças que aguardam por adoção são aquelas de 3 a 6 anos, em que a procura é bem menor”, explica.

Na tentativa de resolver essa equação entre o número de pretendentes a adoção e número de crianças e adolescentes aptos para serem adotados, a Vara da Infância e Juventude distrital de Icoaraci, por exemplo, tem lançado mão de orientação. “Os candidatos a pretendente a adoção passam por um curso de preparação e, em seguida, são orientados sobre a questão do perfil. Nesse momento, explicamos que no caso de crianças menores de 1 ano a espera acaba sendo maior, enquanto com aqueles maiores de 3 anos essa esperar pode ser bem menor”, ressalta o juiz. Ele afirma que o tempo médio de espera na fila de adoção tem ficado entre 1 e 2 anos.

APOIO

Em Belém, um grupo de voluntários também trabalha para tornar a adoção, sobretudo, um ato de amor. O Renascer – Grupo de Apoio à Adoção de Belém - é uma entidade sem fins lucrativos que se propõe a desenvolver um trabalho em prol da garantia do direito à convivência familiar e comunitária, com o objetivo central de esclarecer e informar sobre o tema adoção a todos que se interessem pela causa.

A presidente do Renascer, a professora Helena Paschoalin conta que o grupo de reúne uma vez por mês, sempre aos sábados, no Lar de Maria, para dividir suas experiências e buscar maiores reflexões. Foi nesse grupo que ela mesma encontrou apoio ao adotar o primeiro filho, José, de 7 anos, ao lado do marido, Jonas.

“Logo que me casei meu marido descobriu um linfoma e precisou ser submetido a um tratamento com quimioterapia e radioterapia. Na ocasião, o médico nos chamou e falou que, devido ao tratamento, não poderíamos ter filhos nos cinco anos seguintes”, lembra. “Como eu já estava com mais de 40 anos, não pretendia esperar todo esse tempo, foi então que decidimos optar pela adoção”, conta.

Após os trâmites que levaram cerca de seis meses, ela recebeu a ligação de que havia um bebê disponível, com três dias de vida. “Foi ai que tive que aprender a ser mãe. Costumo dizer que depois que a gente entra para o Cadastro de Adoção fica grávida, mas não sabe quando o filho vai chegar”, conta. A experiência foi tão positiva que Helena decidiu dar uma irmã a José, cinco anos depois. Foi quando chegou Flor, que está com 2 anos.

DISPARIDADES

Segundo o Cadastro Nacional de Adoção do CNJ, 51,92% das crianças cadastradas têm a partir de sete anos de idade; 50,96% são meninos; 49,04% são meninas; 33,65% têm problemas de saúde; 91,35% são negros ou pardos; 39,42% possuem irmãos.

Por outro lado, o perfil descrito no Cadastro por quem quer adotar segue outro caminho. Por exemplo, quanto à faixa etária, 82,94% dos pretendentes estão na faixa dos que aceitam crianças até 6 anos de idade. O percentual geralmente diminui a cada aniversário completado pela criança, já 51,92% das crianças, possuem a partir de sete anos de idade.

Quanto aos adolescentes, a partir dos 12 anos, estes estão em 30,77% do total, contudo apenas 6,94% dos pretendentes aceitam esta faixa etária.

(Alexandra Cavalcanti/Diário do Pará)

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