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ECONOMIA

Amor aos animais ajuda pet shops do Pará a crescerem 

Quem tem um animal de estimação em casa sabe que é preciso cuidar como se fosse um membro da família, mas nem sempre sobra tempo ou há espaço para dar banho, escovar o pelo e manter a tosa em dia. Serviços oferecidos pela maioria dos cerca de 700 pet shop

Imagem ilustrativa da notícia Amor aos animais ajuda pet shops do Pará a crescerem  camera Mauro Lima com o maltês Maui, um dos “clientes” do pet Patinhas | RICARDO AMANAJÁS

Quem tem um animal de estimação em casa sabe que é preciso cuidar como se fosse um membro da família, mas nem sempre sobra tempo ou há espaço para dar banho, escovar o pelo e manter a tosa em dia. Serviços oferecidos pela maioria dos cerca de 700 pet shops que existem no Pará, segundo dados do Instituto Pet Brasil, e que também comercializam ração e acessórios para cães, gatos, pássaros, peixes ornamentais e outros animais que se pode criar dentro do lar. O mesmo instituto projeta que o setor de serviços e produtos para animais domésticos deve crescer 6,07% em 2020, no Brasil.

O avanço do setor vai na contramão da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, sendo um dos poucos de projeção positiva para esse ano, tal qual em 2019, quando faturou cerca de R$ 35,4 bilhões, entre indústria, serviços veterinários, serviços gerais e comércio de animais. O Pet Brasil avalia ainda que as vendas via e-commerce, com aumento de 65% no primeiro trimestre do ano, contribuem para o otimismo quanto aos números.

NOVATO

Em Belém, no bairro do Reduto, o pet shop Patinhas foi inaugurado há quatro meses, praticamente junto com a chegada da pandemia, um desafio e tanto que, mesmo assim, não inibiu o empreendimento de se consolidar. “Já conseguimos fidelizar uma média de 250 clientes. Entre os serviços mais procurados temos a estética animal, alimentos de uma forma geral, além de consultas veterinárias e medicamentos”, conta o proprietário Mauro Lima.

Ainda assim, Mauro conta que a crise do coronavírus não tem passado incólume. “O mercado como um todo sofreu grande abalo neste tempo de pandemia e, certamente, a demanda por serviços e produtos do pet também sofreu redução significativa. Para isso, precisamos buscar meios de atender nossos clientes, criando o serviço de delivery”, exemplifica.

Apesar da grande concorrência no setor, o empresário conta que fez um estudo de mercado antes da abertura do pet e continua a monitorar as novidades do segmento. “O aperfeiçoamento para quem objetiva entrar nesse ramo precisa ser constante. Para isso, sempre buscamos participar de feiras, a fim de oferecer ao público o que tem de melhor e mais moderno para a linha pet”, faz propaganda.

Patrícia Areas, médica veterinária dona do Pet Patty
📷 Patrícia Areas, médica veterinária dona do Pet Patty |RICARDO AMANAJÁS

VETERANA

Com bem mais tempo no mercado e uma quadra adiante do Patinhas, o Pet Patty, na Travessa Quintino Bocaiuva, tem 13 anos de existência. A médica veterinária Patrícia Areas, proprietária do estabelecimento, destaca que precisou priorizar o atendimento virtual desde que o isolamento social passou a ser recomendado. “Neste momento de pandemia, a vida on-line das pessoas se fez presente em todas as suas dimensões, fazendo que as compras de produtos fossem potencializadas pelo delivery, acrescentando também o serviço de traslado de busca e entrega para o serviço de banho e tosa”, detalha.

Segundo Patrícia, o tíquete médio de gasto por cliente ao mês é de R$ 300. “A frequência dos clientes é semanal. Muitos deles focam em consultas e produtos, além do tradicional banho e tosa”, relata. No pet shop, o que não falta é opção para encher “lulus e bichanos” de mimos, que vão desde consulta especializada em dermatologia, vendas de medicamentos, vacinas, rações, acessórios, serviço de ‘day care’ e hospedaria. Ofertas que tentam satisfazer a preocupação dos tutores com seus pets em vários aspectos. “No período de pandemia aumentaram as consultas gastrointestinais e comportamentais dos pets”, destaca.

CLIENTELA

Se o trato gastrointestinal e até o comportamento dos cães e gatos é motivo para procurar um veterinário em clínicas ou pet shops, é porque existem tutores dispostos a desembolsar o valor necessário para ter seus animais bem cuidados e com saúde. A enfermeira Juliana Albuquerque leva a Shiz Tzu Babi Albuquerque Marialva, de quase dois anos, de duas a três vezes ao mês em um pet shop.

“Meu gasto fica em torno de até 300 reais por mês. Com a pandemia, utilizo o serviço de agendamento e também de Uber Pet”, explica. Como o “doguinho” escolhido por Juliana tem o pelo longo, precisa de atenção especial, mas o tempo com as atividades diárias é curto, então ela recorre aos serviços especializados. “Com a correria do dia a dia os serviços do pet nos ajudam a manter a saúde e a estética dela em dia”, justifica.

Já a servidora pública Manuella Nobre recorre ao pet shop semanalmente para ter o Maui, um maltês de três anos, sempre higienizado. “Levo sempre para tomar banho e, dependendo do tamanho da pelagem dele, para fazer a tosa, que varia entre a completa e a higiênica”, informa. “Mensalmente também compro remédios contra pulga, carrapato, alergia, para o ouvido. E sempre vem também um brinquedinho, cama...”, admite sobre os gastos para mimar o cachorrinho, que ainda passa por consultas de rotina e recebe as vacinações recomendadas.

“Em média, gasto entre R$ 350 a R$ 450 todo mês”, calcula Manuella, que garante observar vários aspectos antes de levar o Maui a um pet. “A questão da limpeza, organização, a forma de tratamento dos funcionários com o animal”, pontua. “Também verifico se a área de lavagem tem vista, é um requisito importante. Observo também a postura do Maui, se ele fica desesperado para sair, eu sei que ele não gosta dali”, completa.

“Muitas famílias têm cada vez mais animais de estimação, por isso é importante ter todos esses serviços para cuidarmos de nossos animais. É algo essencial”, opina a servidora.

Comércio animal em alta

l O setor de serviços e produtos para animais domésticos deve crescer 6,07% em 2020, no Brasil, capitaneado pelos serviços de comércio eletrônico, mesmo com a crise econômica provocada pelo novo coronavírus.

l A venda de produtos para animais no comércio eletrônico cresceu 65,6% no primeiro trimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado. A comparação desse mesmo espaço de tempo revela que quase todos os setores do mercado pet também tiveram alta: produtos veterinários (18%), alimentos – pet food (10%), produtos de cuidado animal – pet care (6,9%) e serviços veterinários (5%).

l A variação negativa entre o primeiro trimestre do ano passado com o primeiro trimestre deste ano foi constatada em apenas dois itens: serviços gerais – banho e tosa (-10%) e venda de animais diretamente dos criadores (-20%).

l Um pet shop de médio porte, com 5 a 19 funcionários, tem faturamento mensal estimado em R$ 100 mil a R$ 250 mil.

l Um pet shop “loja de vizinhança”, com até 4 funcionários, tem rendimento médio entre R$ 60 mil até R$ 100 mil.

l No Pará, mais de 725 lojas comercializam ração e acessórios para pets. O Estado reúne aproximadamente 40 clínicas especializadas e concentra 3,1% da população brasileira de animais de estimação, sendo mais de 977 mil cães e mais de 454 mil gatos. Peixes ornamentais e aves são cerca de 5,2 milhões.

Juliana Albuquerque não economizou para ver a Shiz Tzu Babi cuidada e feliz
📷 Juliana Albuquerque não economizou para ver a Shiz Tzu Babi cuidada e feliz |Tôny Gonçalves- Fábrica Fest
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