O MOA - Centro de Produção Musical com Tecnologias Digitais vai oferecer dois cursos livres nas áreas de Produção de Áudio e Produção Cultural para jovens de baixa renda, entre 18 e 29 anos, moradores dos bairros Jurunas, Guamá, Condor, Cremação e Terra Firme, com 50% das vagas destinadas às mulheres. Os cursos vão acontecer entre os meses de agosto e novembro, tendo, ao final, uma atividade prática de produção e lançamento de artistas desses mesmos bairros.
O edital de seleção está disponível na página do projeto no Facebook, e as inscrições devem ser feitas presencialmente, até sexta-feira, dia 31, na Escola de Música da UFPA, parceira do projeto.
De acordo com seus coordenadores, os artistas e professores Rebecca Braga e Giancarlo Frabetti, o MOA é um projeto voltado para jovens da periferia de Belém, visando a formação na área de produção musical com o uso de tecnologias digitais. “Essas serão as primeiras turmas do projeto, que foi registrado no final do ano passado como um projeto de extensão da UFPA. E nós pensamos nele já tendo em vista o edital de patrocínios da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel)”, diz Rebecca. Os recursos financeiros do projeto foram obtidos por meio do Edital “Projetos Culturais de Relevância Social” da Fumbel e do Programa Institucional de Bolsas de Extensão (Pibex) da Pró-Reitoria de Extensão da UFPA (Proex). “Nós dois somos músicos, registramos e lançamos nossos discos por meio de edital público. E queríamos levar nossa experiência para outras pessoas”, completa.
O nome MOA é uma homenagem a Moa do Katendê, compositor, percussionista, artesão, educador e mestre de capoeira assassinado em 2018, em Salvador.
No desenrolar de suas atividades, o projeto espera contribuir para a inclusão social e a elevação da autoestima dos seus alunos e para o fortalecimento de cadeias produtivas culturais.
Serão abertas 20 vagas, dez em cada curso: Produção de Áudio (gravação, mixagem e masterização) e Produção Cultural (gestão de projetos, identidade visual e gerenciamento de mídias sociais). Ao final, eles pretendem o lançamento de 10 singles de artistas ligados à cultura popular dos bairros atendidos.
“A gente nesses bairros por se tratar de áreas com altos índices de violência e, ao mesmo tempo, com pessoas com grande potencial criativo, artístico, onde há uma efervescência cultural. Serão, na verdade, dois processos seletivos: Esse primeiro, destinado a inscrever alunos para os cursos, e o que será lançado posteriormente, para ser feita a curadoria de dez artistas que terão seu trabalho gravado e lançado em plataformas digitais”, explica Rebecca.
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(Diário do Pará)
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