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PARÁ

Paraense deve consumir R$ 122 bilhões este ano

A administradora Shirley Freitas, 39 anos, se considera “consumista de carteirinha” e não esconde. Já chegou a gastar mais de R$ 1.000,00 em roupas num mês. Outras centenas de reais são quase sempre gastos com produtos do universo feminino como maquiagens

A administradora Shirley Freitas, 39 anos, se considera “consumista de carteirinha” e não esconde. Já chegou a gastar mais de R$ 1.000,00 em roupas num mês. Outras centenas de reais são quase sempre gastos com produtos do universo feminino como maquiagens e acessórios. Apesar de não gostar de citar valores ela, que também atua na área de consultoria de imagem e estilo, diferencia consumismo de esbanjamento. “Sei gastar e gastar bem, mas com racionalidade. Não estamos em época de gastar errado”, diz.

O Pará é o 11º Estado brasileiro no ranking com potencial de consumo no País em 2019. O estudo, realizado pelo Índice de Potencial de Consumo (IPC Maps) estima que serão desembolsados pelos paraenses cerca de R$ 122 bilhões no ano para consumo. Em 2018, o mesmo levantamento apontou que os paraenses poderiam gastar R$ 110.893 bilhões.
Belém é citada no estudo como a 13ª cidade entre os 50 maiores municípios brasileiros com maior potencial de consumo, com R$ 33 bilhões, subindo uma posição em relação do índice de 2018, quando estava na 14ª colocação. O IPC Maps é especializado no cálculo de índices de potencial de consumo nacional, com base em dados oficiais e a previsão do estudo é baseada no índice de inflação IPCA de 3,89%.

Em razão de atuar na área da influência digital nas horas vagas, Shirley acaba tendo que consumir produtos e/ou serviços, para balizar a opinião e as dicas que precisa emitir aos seus milhares de seguidores.

“Atualmente estou voltada no consumo de produtos e serviços locais, como nossos acessórios feitos com pedras amazônicas e nossas belezas naturais, como a Ilha do Combu, Marajó e tantos outros lugares que não deixam a desejar para outros estados”, cita.

PLUS SIZE

Shirley reclama que no Pará ainda existem poucos lojistas voltados a atender ao público plus size, que a cada dia vem crescendo e tendo mais poder de compra. “A mulher plus size deseja estar na moda, tanto quanto uma mulher não plus. E quando chegamos nas lojas ficamos frustradas, pois não encontramos os tamanhos esperados e os preços quase sempre são mais altos do que os encontrados em outras capitais”.

A consultora espera que o Brasil possa crescer e gerar renda, efetivamente. “A economia brasileira precisa se estabilizar para que tenhamos mais geração de emprego e renda para as famílias brasileiras. Assim todos terão mais recursos e direito a usufruir do consumo e das boas coisas que a vida nos proporciona”.

No Brasil todo

Ainda segundo o IPC Maps, em 2019, o consumo das famílias brasileiras continuará não só em crescimento, como também deverá impulsionar o Produto Interno
Bruto (PIB) do País.

Na contramão das últimas expectativas, a economia tem potencial para movimentar cerca de R$ 4,7 trilhões, sendo responsável por 64,8% da somatória de bens e serviços deste ano. A previsão é que a alta nos gastos em relação ao ano passado seja de 2,7%.

Empreendedor deve se reinventar para favorecer o consumo

João Marcelo Santos, presidente do Conselho de Jovens Empresários do Estado do Pará (Conjove) avalia que, para favorecer o consumo, o empreendedor, neste momento de crise tem que se reinventar para superar o desafio de mudança econômica
no país todo.

“Temos que buscar sempre o aprimoramento através da capacitação que entidades como o Sebrae, Senac e IEL promovem e que podem ajudar bastante. Participar de ambiente do associativismo também gera uma forte rede de relacionamento, gerando assim negócios, como o próprio Conjove trabalha nessa vertente, através de visitas empresariais, reuniões abertas, confraria de negócios e do projeto ‘É possível’, quando levamos empreendedores para conversar com os alunos das universidades”, afirma.

Além da própria capacitação, João cita que o empresariado deve trabalhar as redes sociais das suas empresas, em investimentos de baixo custo e com alto poder de chegar no seu alvo. “O empresário deve também trabalhar com o financeiro bem enxuto, com custos baixos e maximizando o lucro, dessa forma favorecendo o consumo. Não estamos em fase de exageros e de assumir grandes riscos ”.

Investimento no aumento da renda

Secretário Iran Lima: investir na geração de emprego e, por consequência, no consumo FOTO: RICARDO AMANAJÁS/ARQUIVO

Iran Lima, titular da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) diz que o Governo do Estado pretende investir pesado nas cadeias produtivas locais e na verticalização mineral para fomentar o beneficiamento das suas riquezas no Estado, aumentar o emprego e, por consequência, o consumo da população. Entre os exemplos dessas cadeias está a do cacau, a do óleo de palma e açaí

“Nossa meta é valorizar cada vez mais os Arranjos Produtivos Locais (APLs) agregando sempre valor para o produtor local, criando cada vez mais empregos. No caso da cadeia do dendê, por exemplo, já conseguimos fazer margarina e óleo comestível. Com a melhor renda da população o consumo pode ser cada vez maior”, diz Lima.

A Sedeme também iniciou as discussões para a instalação de uma esmagadora de soja para beneficiar o óleo no próprio Estado. “São investimentos internacionais, assim como também estamos buscando abrir o mercado chinês para nossos frigoríficos para exportação da carne paraense para a Ásia, principal mercado importador de carne no mundo. Devemos ter uma missão para ir até a China ainda esse ano, assim como para a Europa”.

TURISMO

A Sedeme aguarda a incorporação da área de turismo à secretaria, que ainda depende de aprovação na Assembleia Legislativa, mas independente disso, já fomenta a área. “Vamos fazer uma grande feira de cacau, flores e joias no Polo São José Liberto, fomentando o turismo de negócios. A meta é sair da produção artesanal e entrar na produção em série, sobretudo na área de joias, para abastecer os mercados nacional e internacional”.

O secretário diz que um dos primeiros passos para que a verticalização mineral no Pará se torne uma realidade será reativar as guzeiras pelo Estado. “A médio prazo o governador Helder Barbalho está lutando para instalar uma laminadora de aço aqui e essa grande conquista pode ser anunciada nos próximos meses. Será o pontapé para trazer outras indústrias para nosso Estado. Com o aço laminado poderemos trazer a indústria branca para cá, por exemplo, com a produção de eletrodomésticos”, antecipa.

(Luiz Flávio/Diário do Pará)

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