A universitária Maria Chaves, de 18 anos, está entre as vítimas de assédio. O transporte coletivo, segundo uma pesquisa encabeçada pelo Instituto Patrícia Galvão e pela empresa de pesquisas Locomotiva, é o local onde as brasileiras mais têm medo de sofrer algum tipo de abuso sexual. As informações são do UOL.
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A vítima relembra que pegou no sono ao embarcar em um ônibus na saída da faculdade, em São Paulo. Mesmo com o hábito de sentar nas cadeiras da frente para ficar mais próxima do motorista, ela acordou com a mão no pênis de um estranho, que tinha cerca de 50 anos.
Em choque, Maria Chaves conta que começou a gritar e foi chamada de louca pelo assediador. Segundo ela, somente um passageiro interviu. O motorista parou o veículo e o suspeito desceu.
A história vivida pela universitária não é incomum. O estudo apontou que 97% das mulheres já foram vítimas de alguma forma de assédio no transporte coletivo.
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A pesquisa apontou ainda, que mais de 40% das mulheres no País já foram perturbadas pelo olhar insistente e constrangedor do assediador. Já 35% das entrevistadas disseram já terem sido “encoxadas”, 33% já escutaram assédios, 22% já tiveram uma mão tocando em seu corpo e 19% já ouviram comentários de cunho sexual.
O estudo foi divulgado na semana passada e ouviu mais de mil mulheres acima dos 18 anos, das classes ABCD, que usaram transporte coletivo ou por aplicativo nos últimos três meses nas cinco regiões do País.
Para a porta-voz do estudo da Locomotiva, Maíra Suruê, o mais chocante é que a pesquisa “mostra que o assédio é tão cotidiano que chega a ser banalizado, como se fosse algo normal no dia a dia da mulher que se locomove”.
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Pela lei, assédio de cunho sexual pode ser registrado como crime de importunação sexual. A lei entrou em vigor em 2018, após vítimas serem atacadas com ejaculação em ônibus de São Paulo. Não só a vítima, mas também quem viu a agressão pode denunciar. Basta procurar a delegacia mais próxima ou ligar para o 180.
(Com informações do UOL)
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