O assassinato de Rhuan Maycon, 7 anos, chocou o Brasil no último fim de semana. O garoto foi esquartejado pela própria mãe, Rosana Auri da Silva Candido, 27, e pela companheira dela, Kacyla Priscyla Santiago Damasceno, 28.
Uma menina de 9 anos, filha de Kacyla, também foi vítima do casal, mas felizmente sobreviveu.
O caso foi em Samambaia, região do Distrito Federal.
As crianças viviam um pesadelo desde que começaram a morar com as duas mulheres. Além da violência, elas eram abusadas sexualmente, forçadas a manter relações sexuais com as acusadas. Elas também não frequentavam a escola.
Após o assassinato, também se descobriu que as mulheres tinham cortado o pênis do garoto há um ano atrás. Segundo elas, o menino tinha vontade de ser menina e por isso emascularam a criança. O procedimento foi feito na própria casa e Rhuann nunca tinha ido a um posto de saúde.
Não se sabe se a garota viu o momento da morte, mas, ao chegar na delegacia, ela fez desenhos de um corpo esquartejado com os órgãos de fora.
As mulheres disseram que a garota dormia na hora do crime. Ao prenderem o casal, a polícia encontrou a filha de Kacyla dormindo na residência, mas há suspeitas de que ela seria a próxima vítima.
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Após matarem Rhuann a facadas enquanto ele dormia, o corpo do garoto foi esquartejado e elas ainda tentaram queimar a carne dele em uma churrasqueira para depois despejar no vaso sanitário. Mas a fumaça chamou atenção e elas dividiram o corpo em duas mochilas infantis e uma mala.
Ao se livrar de um dos itens, curiosos foram checar o que tinha dentro e encontraram pedaços do corpo. O que levou a polícia a ir atrás das duas.
Veja o depoimento das acusadas:
O pai de Rhuann mora em Rio Branco, no Acre, e soube da morte do filho através do crime. Sem condições financeiras de arcar com o transporte do corpo, o garoto estava desaparecido desde quando a mãe fugiu com a namorada.
O Conselho Tutelar disse que o Estado do Acre arcará com o traslado do corpo.
A menina ainda está traumatizada e ainda está sob observação, antes de reencontrar o pai.
Rosana e Kacyla foram encaminhadas à Penitenciária feminina do Distrito Federal. ““Elas responderão por homicídio qualificado, por motivo torpe, sem possibilidade de defesa da vítima, e por se tratar de um menor de 14 anos. A pena varia de 12 a 30 anos de prisão”, informou o delegado à frente do caso, Guilherme Sousa Melo ao jornal Correi Braziliense.
O Correio também publicou uma note de Raphael Boechat, psiquiatra, doutor em ciências da saúde, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB) sobre a sanidade mental das acusadas. Confira:
Indícios de psicopatia
“Diagnóstico é algo muito difícil, depende de muitas avaliações. Porém, para mim, como psiquiatra e como pessoa, fica claro que uma atitude dessas é doente. E, quando a gente fala que a pessoa é doente, pensam que é uma coitadinha, e não é necessariamente o caso, por exemplo, quando se trata de psicopatas. É um caso gravíssimo, extremamente bizarro, e que precisa ser mais estudado. Infanticídio não é tão raro. Mas o quadro chama atenção por envolver, além de infanticídio, extrema brutalidade, com pré-amputação peniana.
Essas duas mulheres, em outros países, seriam sentenciadas à pena de morte ou à prisão perpétua. E, provavelmente, se forem inseridas novamente na sociedade, podem causar problemas. Chama a atenção o fato de, um ano antes, elas terem cortado o pênis do menino. Não foi um tapa, um chute, como em 99% dos casos. Tudo tende a nos levar a enquadrá-las para o lado da psicopatia”.
(DOL)
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