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Polícia Militar reconhece primeiro homem trans na corporação

Emanoel Henrique Lunardi Ferreira, o soldado Henrique, que trabalha na cidade de Ituverava, na região de Ribeirão Preto, é o primeiro homem trans a ser reconhecido pela Polícia Militar de São Paulo. O evento ocorreu após quase dois séculos de existência d

Emanoel Henrique Lunardi Ferreira, o soldado Henrique, que trabalha na cidade de Ituverava, na região de Ribeirão Preto, é o primeiro homem trans a ser reconhecido pela Polícia Militar de São Paulo. O evento ocorreu após quase dois séculos de existência da corporação.

O soldado ingressou na corporação em 2015 como a soldado Emanoely. Em 2018, a PM atendeu ao seu pedido e o reconheceu como um policial do gênero masculino. Agora, ele passou a ser chamado de soldado Henrique após um processo que durou cerca de um ano até ser autorizado pelo comando da PM.

Segundo Henrique afirmou em uma entrevista a imprensa local, que apesar de ter nascido em um corpo de mulher, nunca se identificou com o gênero feminino, pois sempre se via homem.

Ele ainda disse que por gostar de garotas, ainda na adolescência assumiu ser homossexual. Já em 2016, já adulto, quando se formou na PM, procurou ajuda psicológica particular, pois não entendia por que seu corpo de mulher o incomodava tanto. Durante a terapia, acabou se descobrindo transexual.

“Eu entrei como mulher. Eu não sabia das questões transgênero. Eu não sabia sobre transição, nada a respeito. Então, eu não sabia que era trans”, afirmou o policial.

Henrique no Instagram (Foto Arquivo Pessoal-Instagram)

Em 2017, o soldado passou a exigir ser tratado pelo gênero masculino. E logo depois, pediu ao comando da PM para mudar o nome. O psicólogo militar ouviu Henrique e concordou em alterar os registros.

O soldado disse ainda que teve receio de procurar a PM para pedir a alteração dos seus documentos. "Eu tinha medo de levar a questão de dizer 'eu sou trans' e ser expulso por isso", lembra.

Na época, ele desconhecia que tinha esse direito, mas buscou mais informações. Tanto que seu pedido junto á corporação se baseou na lei estadual que determina que transexuais e travestis sejam tratados em repartições públicas pelo nome social e reconhecidos pelo gênero com o qual se identificam. Ainda em 2017, ele iniciou o tratamento hormonal à base de testosterona para se tornar visualmente homem.

Henrique se preparando para a mastectomia e depois já na mesa de operação para retirar os seios em 2018 — Foto:Arquivo pessoal/Instagram

Enquanto a PM analisava o caso, em 2018 ele se submeteu à cirurgia de mastectomia para retirada dos seios. No cartório, Emanoely Lunardi Ferreira, sexo feminino, deixou de existir nos documentos e deu lugar oficialmente a Emanoel Henrique Lunardi Ferreira, do sexo masculino.

Em agosto do mesmo ano, quando voltou de férias, Henrique finalmente soube que a PM o havia reconhecido como homem. A partir dali, a corporação determinou que ele passasse a ser tratado oficialmente como sempre quis: "SD PM Henrique".

(Com informações do Observatório)

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