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Político alemão fala de Holocausto e gera revolta

Lideranças políticas alemãs reagiram com indignação aos comentários do líder do partido populista de direita AfD (Alternativa para a Alemanha) no Estado da Turíngia sobre o Holocausto. "Os alemães são o único povo no mundo que instalam um momento da verg

Lideranças políticas alemãs reagiram com indignação aos comentários do líder do partido populista de direita AfD (Alternativa para a Alemanha) no Estado da Turíngia sobre o Holocausto.

"Os alemães são o único povo no mundo que instalam um momento da vergonha no coração de sua capital", afirmou Björn Höcke nesta terça (17), em um discurso em Dresden, em referência ao Memorial do Holocausto construído inaugurado em 2005 em Berlim.

Em seu discurso, saudado por jovens apoiadores da AfD, Höcke disse ainda: "Essa política risível de se acertar com o passado está nos aleijando. Precisamos de um giro de 180º em nossa política de memória. Não há mais vítimas alemãs, apenas perpetradores alemães".

O regime nazista na Alemanha (1933-1945) foi responsável pela morte de mais de 6 milhões de judeus e outras minorias no Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

O vice-chanceler alemão e líder do Partido Social-Democrata, Sigmar Gabriel, disse que Höcke insinuou que a forma como a Alemanha lida com o passado nazista "apequena" os alemães quando a verdade é o oposto: "Aprender com nossa história foi uma premissa que tornou a Alemanha respeitada internacionalmente".

Höcke foi criticado até mesmo por líderes da sua legenda. Frauke Petry, provável candidata da AfD à Chancelaria nas eleições de setembro, afirmou que Höcke "é um fardo para o partido". Marcus Pretzell, outro líder estadual da AfD, disse que, mais uma vez, Höcke se expressou "com grande ignorância sobre um período de 12 anos da história cuja revisão não está nos planos da AfD".

Ele se defendeu, em nota, afirmando que qualquer interpretação de que ele tenha criticado o Memorial do Holocausto foi "uma interpretação maliciosa do que eu realmente disse", acrescentando que ele considera o Holocausto uma tragédia e que a Alemanha tem um monumento para ele. "O que há de errado em dizer isso?", questiona.

"Em meu discurso em Dresden eu quis questionar como nós alemães vemos nossa história", afirmou. Para ele, há outros aspectos da história alemã além da culpa, como Martinho Lutero, diversos poetas e compositores.

O chefe do Conselho Central do Judaísmo na Alemanha classificou os comentários de Höcke como "profundamente lamentáveis e totalmente inaceitáveis".

"Com essas palavras inumanas e antissemitas, a AfD revela sua verdadeira face", disse Josef Schuster. "Eu não me atreveria a pensar que, 70 anos depois do Holocausto, políticos alemães poderiam fazer comentários como esses."

(Folhapress)

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