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Terceiro sábado de protestos na França tem menos público, mas violência em alta

A terceira jornada de protestos dos "coletes amarelos" na França, neste sábado (1º), levou menos gente às ruas, mas teve contornos mais violentos do que a anterior, no último dia 24. O pico de participação foi registrado às 15h locais (12h no Brasil), se

A terceira jornada de protestos dos "coletes amarelos" na França, neste sábado (1º), levou menos gente às ruas, mas teve contornos mais violentos do que a anterior, no último dia 24.

O pico de participação foi registrado às 15h locais (12h no Brasil), segundo o Ministério do Interior: 75 mil pessoas espalhadas pelo país. Os atos de uma semana antes chegaram a reunir 106 mil pessoas. Houve agora, porém, mais feridos e detidos.

Só em Paris, 95 pessoas se machucaram, segundo balanço divulgado no começo da noite, e 255 foram detidas. Na manifestação do dia 24, os números haviam sido, respectivamente, de 24 e 103 pessoas.

Desde as 8h, havia grupos de coletes amarelos aglutinados no alto da avenida Champs-Elysées, especificamente em torno do Arco do Triunfo, ainda que o protesto só estivesse marcado para as 14h.

Policiais dispersavam as aglomerações com bombas de gás lacrimogêneo, mas as pessoas voltavam a se agrupar nas várias avenidas que se irradiam a partir daquele que é um dos monumentos mais visitados da capital francesa –e que foi pichado no sábado com a inscrição "os coletes amarelos irão triunfar".

Nesse eixo localizado em uma das áreas mais nobres da cidade, dezenas de carros foram incendiados (incluindo viaturas policiais), agências bancárias, destruídas, e lojas de luxo, saqueadas. A grande maioria dos participantes, no entanto, se manifestava pacificamente.

Por causa da degeneração da situação e da pulverização dos atos de vandalismo, várias estações de metrô foram fechadas, assim como grandes lojas de departamentos da cidade, como as célebres galerias Printemps e Lafayette.

Na outra ponta da Champs-Elysées, um grupo conseguiu derrubar uma parte da grade que cerca o Jardim das Tulherias, incidente que deixou dois feridos –um deles em estado grave. Em outro local, um homem assumiu a direção de um caminhão-grua e chegou a conduzi-lo na direção das forças de segurança, antes de ser detido.

No resto do país, houve também registro de enfrentamento entre manifestantes e policiais em cidades como Toulouse, Bordeaux, Estrasburgo e Dijon. Em Nantes (oeste), a pista do aeroporto foi invadida por coletes amarelos em dois momentos.

O presidente francês, Emmanuel Macron, que participa em Buenos Aires da reunião do G20, condenou a violência de alguns segmentos de manifestantes.

"Os responsáveis por esses atos querem o caos, traem as causas às quais pretendem servir. Serão identificados e responderão por seus atos. Respeitarei sempre as contestações, as oposições, mas nunca aceitarei a violência", afirmou.

Ele deve se reunir com o primeiro-ministro, Édouard Philippe, e com parte de seu gabinete assim que voltar para Paris, neste domingo (2).

O ministro do Interior, Christophe Castaner, atribuiu os atos de vandalismo a indivíduos "camuflados em coletes amarelos". "São pessoas que vieram para quebrar, pilhar, ferir, até matar."

Marine Le Pen, do partido de ultradireita Reunião Nacional (antiga Frente Nacional), chamou o movimento de "insurreição" em uma rede social e disse que Macron tem de receber líderes da oposição para discutir a situação ao regressar da Argentina.

Na origem, os "coletes amarelos" se queixavam da alta de uma taxa sobre o preço dos combustíveis, que entra em vigor em 1º de janeiro.

O governo anunciou nesta semana que a alíquota será flutuante (em função da cotação do barril de petróleo), mas insistiu que não irá recuar da medida.

Mas a agenda do movimento rapidamente se expandiu e hoje abarca reivindicações como o aumento do salário mínimo, a diminuição da taxação das aposentadorias e a melhoria dos serviços públicos.

(Folhapress)

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