A prática do “breast ironing” já mutilou quase 4 milhões de mulheres até 2018. Os dados foram divulgados em um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). O ritual consiste em interromper o crescimento dos seios de crianças e adolescentes com ferro quente com o objetivo de fazer com que os homens não as violentem sexualmente.
O “breast ironing” é realizado há anos, principalmente em países africanos, como Camarões, Nigéria e África do Sul. Até mesmo comunidades africanas no Reino Unido preservam a tradição.
Além do uso do ferro quente, bate-se e esmaga-se os seios de meninas, entre oito e 14 anos, para que fiquem cada vez menos femininas. Quem o pratica acredita que está protegendo as crianças e preservando sua “pureza”.
Além do trauma, a prática também causa complicações, como infecções gravíssimas. Até o momento, não existe nenhum tipo de pena para o “breast ironing”, mas líderes, como Margaret Nyuydzewira, fundadora da ONG britânica CAME (Organização pelo Desenvolvimento de Mulheres e Meninas), lutam para que isso seja interrompido o quanto antes.
“As mulheres precisam entender que o que estão fazendo é nocivo para as suas crianças e isso pode ter um grande impacto em longo prazo”, defende.
(Com informações da revista Capricho)
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