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TRAGÉDIA

Israel: Netanyahu chama de "catástrofe" mortes em festival

O evento Lag B'Omer, realizado em um estádio no norte de Israel, terminou com 45 mortos e 150 feridos, muitos em estado crítico.

Imagem ilustrativa da notícia Israel: Netanyahu chama de "catástrofe" mortes em festival camera O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no local do desastre. | Reprodução/Twitter

Enquanto autoridades de Israel trabalham para identificar as vítimas da tragédia ocorrida durante um festival religioso que reunia dezenas de milhares de judeus ultraortodoxos, as redes sociais tornaram-se uma enorme plataforma de informações sobre desaparecidos.

Amigos e familiares têm compartilhado fotos de participantes do evento Lag B'Omer, em Monte Meron, no norte de Israel, em busca de informações sobre quem estava no estádio na noite da tragédia. Até agora, foram confirmados 45 mortos e 150 feridos, muitos em estado crítico.

Em uma postagem no Twitter, publicada nesta sexta-feira (30), o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que o caso é uma das "catástrofes mais graves" da história do país. Ele acrescentou que as autoridades irão fazer uma “investigação completa, séria e profunda para garantir que tal desastre não ocorra novamente".

O chefe de Governo visitou o local da tragédia e decretou um dia de luto nacional.

Legenda do texto: Um doador de sangue está agora no Hospital Shaare Zedek para as vítimas do desastre no Monte Meron. Obrigado a muitos cidadãos de Israel que doaram sangue hoje. Nos momentos de teste nosso povo se une e ainda hoje. Eu farei de tudo, e o governo israelense fará de tudo para ajudar as famílias daqueles que morreram. Vamos ajudá-lo a se recuperar de todas as maneiras que pudermos!

Entre os mortos há crianças, adolescentes e adultos israelenses e de outras nacionalidades, visto que a peregrinação costuma atrair milhares de pessoas ao país todos os anos.

De acordo com a imprensa local, entre algumas das vítimas já identificadas pelas autoridades, há desde crianças de nove anos de idade, como Yehoshua Englander, até adultos, como Hanoch Slod, 52.

Legenda do texto: No domingo, faremos um dia nacional de luto após o desastre no Monte Meron, um dos maiores desastres que se abateu sobre o Estado de Israel. Todos nos uniremos com a dor das famílias e oraremos pelo bem-estar dos feridos.

Em entrevista a uma emissora de rádio, um porta-voz do Zaka, o principal serviço de emergência do país, disse que os celulares dos mortos não param de tocar. Segundo ele, os identificadores de chamadas mostram que alguns contatos estão salvos como "mãe" e "querida esposa", o que indica que, como Kamar -mas sem a mesma sorte-, familiares desesperados buscam informações sobre seus entes queridos.

Enquanto as autoridades ainda buscam formas de identificar outras vítimas e notificar suas famílias, o premiê pediu à população que não espalhe rumores sobre o incidente e prometeu abrir "uma investigação abrangente, séria e detalhada para garantir que esse tipo de desastre nunca aconteça novamente".

A tragédia, no entanto, era, ao menos parcialmente, anunciada. Diferentes órgãos de fiscalização emitiram alertas sobre a inadequação do espaço que sedia o festival para receber uma multidão tão grande.Em 2008, um relatório da Controladoria do Estado concluiu que havia uma "falha sistêmica" no local, observando que as ingerências de autoridades de âmbitos diferentes criavam uma situação caótica que poderia gerar danos ao espaço sagrado e colocar os religiosos que o frequentam em perigo.

Três anos depois, o órgão emitiu um novo relatório, enfatizando que o estádio não estava preparado para receber centenas de milhares de pessoas. "Não se deve permitir que a situação existente continue, da estrutura negligenciada onde grupos fazem o que desejam ao abandono de um local de grande importância nacional e religiosa", disse a controladoria, à época.

Segundo as regras locais, a região do Monte Meron não deveria ter permissão para receber mais de 15 mil pessoas. O limite de público é anterior às restrições impostas para conter a propagação do coronavírus que, em 2020, levaram ao cancelamento da peregrinação anual. A estimativa de público desta quinta-feira era de mais de 100 mil pessoas, um número significativamente maior que em anos anteriores.

A Procuradoria-Geral de Israel anunciou que "examinará se há suspeitas de criminalidade por parte da polícia na tragédia de Meron". A suspeita se deve ao fato de que os homens que faziam a segurança do local, segundo testemunhas, teriam bloqueado a saída do evento, sem saber o que estava ocorrendo.

O ministro da Segurança Pública israelense, Amir Ohana, que supervisiona a polícia e esteve presente no evento na quinta-feira, poucas horas antes da tragédia, pediu a abertura de um inquérito independente.

"Está claro que uma análise independente de todos os aspectos ligados ao planejamento do evento será necessária, [incluindo a] preparação, responsabilidades, infraestrutura e assim por diante", disse Ohana.

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