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OPOSIÇÃO A BOLSONARO

Lula busca cooperação internacional e facilita negociação de vacinas para ser opção em 2022, diz coluna

Ex-presidente petista atuou na campo das relações exteriores, principalmente, na tentativa de viabilizar vacinas e insumos para o Brasil

Imagem ilustrativa da notícia Lula busca cooperação internacional e facilita negociação de vacinas para ser opção em 2022, diz coluna camera Agência Brasil

Com a retomada, mesmo que temporária, dos direitos políticos, o ex-presidente brasileiro Luís Inácio Lula da Silva tem realizado diversos movimentos para se colocar como opção à frente de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. E as estratégias não se limitam ao campo da política interna brasileira, envolvendo também atos de cooperação internacional, principalmente, no combate à pandemia da Covid-19. A análise é feita pela coluna de Bela Megale, do jornal O Globo.

Segundo a coluna, Lula se preparava para a volta ao campo político, e talvez eleitoral, meses antes da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, que anulou todas as ações movidas contra ele pela Lava-Jato de Curitiba.

Há cerca de três meses, o líder petista teve uma reunião com Kirill Dmitriev, diretor do Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF), que financiou o desenvolvimento da Sputnik V.

Ainda de acordo com a colunista, o convite para a conversa partiu de Dmitriev, após o russo ver que Lula estava entre os signatários de um abaixo-assinado organizado pelo Nobel de Economia Muhammad Yunus, que defende a vacina como bem comum da humanidade. Segundo esse posicionamento, o imunizante deveria ser distribuído gratuitamente a todos.

Após o convite do russo, Lula convocou os ex-ministros da Saúde José Gomes Temporão, Alexandre Padilha e Arthur Chioro para participar da videoconferência.

“Dmitriev disse que o presidente Vladmir Putin havia incentivado a reunião com Lula. Foi uma conversa importante, porque abriu a relação do fundo russo com o Consórcio do Nordeste. Deixamos claro que, além do Paraná, com quem eles tiveram as primeiras tratativas, tinham muitas frentes no Brasil a serem abertas. Destacamos que o interesse pelo volume de vacinas era maior e envolvia vários estados brasileiros. Isso fortaleceu o acordo de milhões de vacinas firmado com os estados do Nordeste”, disse Padilha à coluna.

O Ministério da Saúde assumiu o compromisso de negociar a compra de 39 milhões de doses da vacina Sputnik V com a intermediação do governo da Bahia. O número tinha sido fechado com o Consórcio do Nordeste, que reúne os Estados da região.

Padilha afirma, ainda, que Lula “foi um super incentivador” das conversas sobre a Sputnik V e destacou a necessidade de trazer para o Brasil “vacina boa, segura, eficaz”.

RELAÇÕES COM A CHINA

No fim de janeiro, quando a China atrasou o envio de insumos para o Brasil para a produção de vacinas, o ex-presidente também tentou atuar na questão.

Junto com a ex-presidente Dilma Rousseff, enviou uma carta ao presidente chinês Xi Jinping elogiando a condução da pandemia no país e com críticas ao “negacionismo” e “incivilidade” de Jair Bolsonaro.

“Consideramos oportuna essa mensagem, como forma de manifestar a nossa certeza de que a antiga e sólida amizade entre os nossos povos não será abalada pelo negacionismo, pela incivilidade e pelas grosserias proferidas pelo presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e seu governo. A amizade e a parceria entre a China e o Brasil são inabaláveis, porque os governos passam, mas os laços que unem os povos são permanentes”, escreveu o documento informou enviado ao governo chinês.

No documento, Lula e Dilma também defenderam o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, que já foi alvo de ataques do deputado federal Eduardo Bolsonaro e do chanceler Ernesto Araújo.

“O embaixador da China no Brasil, seguidamente desafiado por provocações e manifestações desrespeitosas de nossos governantes, se esforça como pode para preservar as boas relações entre nossos países”.

Na carta, os ex-presidentes petistas agradeceram também a parceria do laboratório Sinovac com o Instituto Butantan no desenvolvimento da vacina no Brasil e o envio de insumos.

“Em nome desta grande amizade que brilha em qualquer circunstância e que soubemos construir entre esses nossos dois países e nossos povos, não faltará ao Brasil insumos indispensáveis para dar continuidade à recém-iniciada produção de vacinas que salvem a vida do povo brasileiro”.

Poucas semanas depois, deputados da oposição, entre eles o próprio Alexandre Padilha, se reuniram com representantes da embaixada da China para reforçar as mensagens transmitidas na carta.

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