Pesquisa: enxaguante bucal pode reduzir carga viral do coronavírus

O enxaguante bucal pode ser uma ferramenta fundamental na luta contra o coronavírus, de acordo com uma nova pesquisa. As informações são do Daily Star.

A professora Valerie O'Donnell, co-diretora do Systems Immunity Research Institute da Cardiff University, pesquisa o poder do enxaguante bucal no combate à covid-19.

Acredita-se que a transmissão do vírus por meio de gotículas de saliva pode ser reduzida através das qualidades anti-sépticas do enxaguatório bucal.

O Cloreto de cetilpiridínio - ingrediente chave em muitos tipos de enxaguantes bucais - foi estudado por cientistas para descobrir a eficácia em ajudar a interromper a disseminação do coronavírus. O produto químico aumentou as esperanças devido ao "efeito virucida", matando 99,9% dos patógenos e bactérias na boca.

A professora O'Donnell disse ao The Daily Telegraph: “Nossa opinião é que os estudos in vitro (incluindo este e também dois outros estudos recentes que mostraram o mesmo para Listerine e PVP-I) são altamente encorajadores”.

“A orofaringe humana estará constantemente produzindo vírus, então não sabemos por quanto tempo o efeito persistiria - esta é a principal questão. Estudos recentes em tubos de ensaio tentaram, tanto quanto possível, imitar as condições na garganta, mas é claro que isso não é o mesmo que in vivo”, acrescentou a professora.

Porém, a equipe acredita que estudos adicionais ainda são necessários para comprovar a descoberta.

No mês passado, pesquisadores da Penn State College of Medicine, na Pensilvânia, nos Estados Unidos, afirmaram que certos enxaguantes bucais e xampus para bebês poderiam ser fundamentais no combate ao coronavírus.

O pesquisador principal, Professor Craig Meyers, afirmou: "Enquanto esperamos pelo desenvolvimento de uma vacina, são necessários métodos para reduzir a transmissão. “Os produtos que testamos estão prontamente disponíveis e muitas vezes já fazem parte da rotina diária das pessoas”, diz.

A pesquisa demonstrou que vários tipos de enxaguantes bucais, que afirmavam derrotar 99,9% das bactérias, foram eficazes na desativação do coronavírus em 30 segundos.