Os italianos aprovaram nessa 2ª feira (21) uma reforma histórica que diminui o número de parlamentares no país. Em referendo, 69,5% dos eleitores votaram a favor da diminuição e apenas 30,4% foram contra a diminuição de deputados. Com o resultado, o Parlamento italiano reduzirá em 1/3 sua composição: passará de 945 membros para 600.
A medida já tinha sido aprovada pelos parlamentares no início do ano, mas precisava ser submetida a 1 referendo pelo fato de alterar a Constituição. A nova composição vale para as próximas eleições, previstas para 2023. A Itália é atualmente o 2º maior parlamento da Europa, ficando atrás do Reino Unido, que tem cerca de 1400 membros.
O referendo foi promovido pelo partido de centro-esquerda M5E (Movimento 5 Estrelas), do primeiro-ministro Giuseppe Conte. A legenda argumentou que a mudança reduziria custos. Segundo o jornal Corriere della Sera, a reforma deve economizar mais de € 80 milhões por ano.
É a 1ª votação na Itália desde o começo da pandemia da covid-19. Por medidas de segurança, os eleitores tiveram 2 dias para votar: domingo (20. set) e 2ª feira (21.set). A participação foi de 53,84%.
Seis regiões da Itália também tiveram eleições. A Liga, partido liderado por Matteo Salvini, sofreu derrota na Toscana, principal alvo da legenda. A região, liderada pela esquerda há 50 anos, ficará sob o comando de Eugenio Giani, do Pd, partido de centro-esquerda e parte da coalizão governista.
A direita também saiu derrotada de Apúlia e Campanha. Ganhou em 3 regiões: Vêneto, Ligúria, Marche.
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