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MUTAÇÃO

Novo coronavírus está circulando entre morcegos há 70 anos, aponta estudo

Um estudo realizado por cientistas de diversas nacionalidades e publicado nesta semana no jornal acadêmico Nature Microbiology indiciou que a linhagem que deu origem ao vírus causador da Covid-19 pode estar circulando em morcegos há décadas. Os estudiosos

Imagem ilustrativa da notícia Novo coronavírus está circulando entre morcegos há 70 anos, aponta estudo camera Reprodução

Um estudo realizado por cientistas de diversas nacionalidades e publicado nesta semana no jornal acadêmico Nature Microbiology indiciou que a linhagem que deu origem ao vírus causador da Covid-19 pode estar circulando em morcegos há décadas.

Os estudiosos de países europeus e da China e dos Estados Unidos tentaram reconstruir a história de evolução do vírus Sars-CoV-2, e o que eles descobriram pode ajudar a prevenir futuras pandemias, de acordo com informações da Universidade de Glasgow, na Escócia.

O grupo descobriu que a linhagem à qual o vírus causador da Covid-19 pertence divergiu de outros vírus de morcegos, entre 40 e 70 anos atrás. Segundo a instituição, a pesquisa mostra que o Sars-CoV-2 divergiu de um outro tipo de coronavírus, chamado RaTG13, em 1969. Os dois são geneticamente similares (cerca de 96%).

A compreensão dos cientistas é que os traços mais antigos que o Sars-CoV-2 compartilham com seu ancestral RaTG13 é o domínio de ligação ao receptor localizado na proteína spike, a qual permite que o vírus reconheça e se conecte aos receptores na superfície das células humanas.

Os vírus de RNA, como o novo coronavírus, são muito aptos a "trocar" de espécie hospedeira, explicam os cientistas, passando por adaptações, por seleção natural, que permite que eles infectem novas células hospedeiras de maneira eficiente.

“O novo coronavírus tem um material genético que é altamente recombinante, o que significa que diferentes regiões do genoma do vírus podem ser derivadas de múltiplas fontes”, explicou Maciej Boni, professor associado de biologia da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos EUA.

De acordo com Maciej, essa facilidade de se recombinar dificulta a reconstrução da verdadeira origem do vírus. “É preciso identificar todas as regiões que têm se recombinado e traçar sua história”, continuou o pesquisador.

Para isso, o grupo de cientistas se aprofundou na análise do genoma do vírus Sars-CoV-2 para identificar e remover as partes que se recombinam.

Depois, reconstruíram as histórias das regiões que não se recombinam e compararam umas com as outras para tentar determinar quais vírus específicos estavam envolvidos nas recombinações passadas.

A partir disso, os pesquisadores conseguiram reconstruir as relações evolutivas entre o Sars-CoV-2 e os vírus conhecidos mais próximos de morcegos e pangolins.

Os estudiosos ainda acreditam que o novo coronavírus pode ter sido transmitido diretamente do morcego para o ser humano, embora não descarte a possibilidade de que os pangolins possam ter agido como um hospedeiro intermediário.

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