Pesquisadores da Alemanha fizeram observações detalhadas do processo pelo qual o coronavírus infecta as células humanas. Eles descobriram brechas que podem ser alvo de medicamentos já existentes.
De acordo com os pesquisadores que trabalham na Universidade Goethe e do Hospital Universitário de Frankfurt, ao entrar no organismo do hospedeiro, os micro-organismos usam o maquinário das células para se reproduzirem. A maioria dos vírus, ao fazer isso, “fecha a fábrica” de proteínas do infectado, em benefício próprio. Contudo, o novo coronavírus não age assim.
O estudo mostrou que, quando a célula é infectada pela covid-19, ela continua produzindo suas proteínas, embora, agora, também as virais.
Com esse conhecimento, os pesquisadores conseguiram reduzir significativamente a reprodução do micro-organismo, usando substâncias conhecidas como inibidores da tradução, que interromperam a produção de proteínas do coronavírus. Outra molécula, que impede a produção dos blocos construtores do RNA viral, também foi capaz de brecar a multiplicação da covid-19.
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Em um artigo publicado na revista Nature, os autores relatam que uma empresa canadense iniciou testes clínicos baseados no resultado do estudo. Outra companhia, norte-americana, também prepara os primeiros ensaios em seres humanos.
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