Marabá: Motorista de app desaparecido é achado carbonizado

Um motorista de transporte por aplicativo identificado como Tiago Silva Pereira, de 27 anos, foi visto pela última vez na segunda-feira (17), logo após aceitar uma corrida de Marabá para Abel Figueiredo, municípios do sudeste do Pará.

Após dias do desaparecimento e de buscas pelo paradeiro do trabalhador na região, na manhã deste domingo (23), o corpo do trabalhador foi encontrado carbonizado em uma área de mata próxima a uma reserva indígena da etnia Pakateje, no município de Bom Jesus do Tocantins.

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A Polícia Militar do Pará foi acionada por um indígena, que localizou o corpo carbonizado enquanto andava pela área. Os agentes solicitaram apoio da Polícia Científica para fazer a remoção do cadáver do local.

Em imagens que circulam nas redes sociais, é possível perceber que o corpo de Tiago estava vestido e com a pele bastante queimada pela ação criminosa, a qual, até o momento, não se sabe por qual motivo foi executada.

DESAPARECIMENTO

Tiago Silva ainda entrou em contato com a mãe Valdete Merce da Silva, 62 anos, na terça-feira (18), mas depois desapareceu sem dar mais notícias. O carro dele, modelo Volkswagen Gol de cor vermelha, foi encontrado abandonado na BR-222, em frente à Terra Indígena Mãe Maria, em Bom Jesus do Tocantins.

A mãe de Tiago contou que o filho foi na viagem por volta de 23h de segunda-feira com quatro passageiros que teriam o contratado para levá-los até Abel Figueiredo, a 102 quilômetros de Marabá. “Eu pedi para ele não ir nessa viagem. Mas, ele disse que estava precisando de dinheiro e ainda falou que Deus estava no comando de tudo”, lembra Valdete Merce.

Durante a madrugada de terça-feira (18), ele mandou áudio dizendo que estava passando em Bom Jesus do Tocantins. Pela manhã daquele dia, ele voltou a falar com a mãe e disse que estava em Rondon do Pará, que estava ajeitando o carro, o qual teria sofrido um problema no radiador.

“Ele disse que vinha embora quando terminasse. Mas, quando foi depois, ele mandou dois áudios dizendo que não ia dar para ele ir, porque iria terminar tarde”, relembrou a mãe.

Na quarta-feira (19), a mãe mandou mensagens e ligou várias vezes para o filho, mas ele não atendeu. “Ontem, liguei, mandei áudio e ele não respondeu. A última vez que ele viu o WhatsApp foi na terça, às 20h28”, lembrou a mãe.

Na tarde de quarta, dois homens que disseram ser colegas de Tiago foram à casa de Valdete Merce contar que o filho dela havia sido baleado dentro do carro dele, pois o veículo havia sido encontrado em um matagal. “O carro dele foi achado todo aberto, arrancaram o som na beira da estrada”, contou.

Após isso, a família não teve mais notícias do motorista. Uma irmã dele saiu em busca de informações sobre o irmão nas cidades por onde ele poderia ter passado, inclusive em hospitais.